“Não deixei o PT. Foi o PT que me deixou”, diz Erundina
"Será uma candidatura que não terá compromisso com o presidente interino Waldir Maranhão nem com o presidente que está para ser cassado"Luiza Erundina - PSOL - ag. Câmara
A deputada Luiza Erundina, candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, disse nesta terça-feira, 16, durante seu primeiro evento oficial de campanha, na região central da cidade, que não renega seu passado petista.
“Não nego meu passado. Não deixei o PT, foi o PT que me deixou. Os princípios e valores petistas continuam valendo na minha prática política. O PSOL reproduz o que foi o PT há 30 anos. Não tenho do que me envergonhar”.
Prefeita de São Paulo entre 1989 e 1992 pelo PT, ela deixou a sigla em 1997 por divergências com a legenda. A frase foi uma resposta ao candidato do PSDB, João Doria, que na manhã desta terça afirmou que Marta Suplicy, hoje no PMDB, e Erundina não podem “esquecer do passado” petista.
A deputada inaugurou a campanha levantando como bandeira sua participação nos debates na TV e acabou protagonizando uma cena inusitada. A passeata do PSOL foi marcada no mesmo local e horário de outra do PSDB com a participação de Doria.
Os dois grupos caminharam juntos, em lados opostos da calçada, entre a Praça do Patriarca e o Theatro Municipal. “Eles não têm coragem de enfrentar a opinião pública, que está contra essa censura. É a primeira desde que se vive a democracia no País que se censura uma candidata”, disse ela.
“O PSDB permitiu a participação do PSOL nos debates em Porto Alegre e no Rio de Janeiro, mas João Doria vetou aqui. É possível uma liminar para a participação da Luiza na Band, que será antes do julgamento no STF, dia 24”, disse o deputado Ivan Valente, candidato a vice ma chapa.
O PSOL entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) no STF para tentar viabilizar a participação de Erundina
A passeata terminou na Praça da República, em frente à Secretaria de Educação de São Paulo.
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