Não há prazo para que João de Deus seja considerado foragido, diz Secretaria da Segurança de Goiás
Terminou às 14 horas deste sábado (15) o prazo definido para que João de Deus se apresentasse a autoridades. A justiça determinou a prisão do médium após receber mais de 300 acusações de abuso sexual. Entretanto, ele ainda não é considerado foragido, segundo nota da Secretaria da Segurança Pública do estado de Goiás, onde ele mora.
“Não há prazo específico para que ele seja considerado foragido”, informou a pasta. Quando entender que ele não deve se entregar de forma espontânea, o governo pode pedir a inclusão de João na lista de procurados da Interpol (a polícia internacional). Policiais já fiscalizaram pelo menos 20 locais, sob sigilo, mas não o encontraram.
De acordo com a secretaria, “as buscar continuam sendo realizadas por equipes” da Delegacia Estadual de Investigações Criminais. “As negociações para a apresentação de João Teixeira de Faria [nome de registro do médium] continuam, sob a responsabilidade da Polícia Civil do estado de Goiás, para cumprimento do mandado de prisão.”
Primeiras acusações
As acusações contra o médium, que diz realizar tratamentos e “cirurgias espirituais” por meio de entidades que “incorpora”, surgiram no sábado (8), quando um programa de televisão conversou com vítimas. Em todos os casos, João levava a mulher para uma sala reservada para sessão em busca de milagres, o que acabava evoluindo para toques e estupros.
As acusações contra João de Deus já foram feitas a partir de sete países diferentes, incluindo o Brasil. Algumas mensagens indicam que funcionários do centro de atendimento espiritual de Abadiânia (GO) sabiam dos crimes. O advogado do médium já afirmou que vai pedir um habeas corpus em benefício do cliente, porque a prisão é “ilegal e injusta”.
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