Não podemos fechar espaço para quem quer se somar à luta, diz Jaques Wagner

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/04/2018 18h25 - Atualizado em 13/04/2018 18h26
Reprodução/Twitter "Nosso coração é vermelho, aqui cabem conservadores que prezem pela democracia", afirmou o ex-governador da Bahia

O ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) afirmou nesta sexta-feira (13), pelo Twitter, que o partido não deve “fechar espaço” para conservadores. “Nosso coração é vermelho, mas aqui cabem conservadores que prezem pela democracia, brasileiros que queiram o Estado Democrático de Direito”, escreveu.

Esta semana, Wagner considerou pela primeira vez um cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição, admitindo a possibilidade de o PT lançar outro candidato ou apoiar um nome de outro partido. O ex-governador baiano disse, na última quarta-feira, que é natural a população querer experimentar “outra coisa”, citando as pré-candidaturas de Guilherme Boulos (PSOL), Manuela d’Ávila (PCdoB) e Ciro Gomes (PDT).

Hoje, ele pediu para não ser mais procurado para responder sobre um eventual plano B do PT à candidatura de Lula. “Não me procurem mais pra perguntar sobre plano A, B ou C. Eu só tinha um plano, o plano L. E agora meu plano são dois Ls: Lula Livre! Viva Lula!”.

Wagner também criticou a condenação do ex-presidente Lula a 12 anos e um mês de prisão. Para ele, o País passa por um período de “autoritarismo talvez mais violento” do que o vivido durante a ditadura militar. “Ao menos, o golpe militar teve a coragem de colocar a cara, rasgou a Constituição e tivemos o Estado de exceção pleno.”

Wagner afirmou ainda que atualmente “nós temos um Estado de exceção hipócrita, cínico e covarde”. Ele fez referência ao impeachment “sem provas” da ex-presidente Dilma Rousseff e classificou a condenação de Lula como uma “farsa”.

“Se alguém tem a petulância de escrever uma peça no Ministério Público dizendo que não tem provas, mas tem convicção de que Lula é culpado, é porque estamos vivendo a Justiça subjetiva, que é própria de Estados autoritários.”

Ele declarou ainda que o que estão fazendo com Lula, preso na superintendência da Polícia Federal de Curitiba há cerca de uma semana, é “um crime”. “Me apontem um único jurista internacional de renome que endosse essa condenação. Não existe. Não existe um único jurista responsável que defenda esse processo absurdo”, criticou.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.