Não prender Lula de imediato revela “prudência” de Moro, diz jurista
Juiz federal Sergio Moro durande funeral do ministro do STF
Sentença de Moro está dentro da "justa medida de suas decisões", diz CarvalhosaPara o jurista Modesto Carvalhosa, o juiz federal Sergio Moro “agiu absolutamente dentro da prudência que um juiz tem que agir” ao determinar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do tríplex do Guarujá, não cumpra a sentença em regime fechado até ser julgado em segunda instância.
Para Carvalhosa, Moro se baseia nos “fundamentos corretos no sentido de não ter nenhum caráter de populismo”. Ele classifica a condenação como “muito discreta” e diz que Moro “não exagerou” nos termos. O jurista especialista em combate a corrupção e compliance ressaltou ainda o “aspecto superconservador que ele (Moro) toma em suas decisões” e a “prudência muito grande” do magistrado.
O jurista ainda comentou a repercussão política da sentença de Moro.
“Realmente começa haver as condenações referentes à ‘cleptocracia’ fundada pelo PT a partir de 2003 no Brasil”, disse. Para Carvalhosa, não apenas Lula foi condenado, mas “todo um sistema”. O jurista vê “um projeto de poder do PT no sentido de aparelhar o Estado brasileiro”.
Na opinião de Carvalhosa, Lula, “como chefe supremo do partido”, participava de nomeações dentro da Petrobras e outros órgãos para “amealhar recursos mediante a corrupção” para o PT.
“Ele era o chefe desse projeto de poder. Era o primeiro a saber, que comandou todo o esquema”, entende o jurista.
Carvalhosa também comentou os prazos para que a condenação do ex-presidente acate em sua inelegibilidade. Assista e ouça a entrevista completa abaixo:
Acompanhe também ao vivo a repercussão da condenação de Luiz Inácio Lula da Silva:
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