“Não resistiu às pressões”, diz líder do PSDB na Câmara sobre saída de Cardozo

  • Por Jovem Pan
  • 29/02/2016 16h27
Montagem/Agência Brasil e Câmara dos Deputados Antônio Imbassahy

A saída do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo do comando da pasta e sua nomeação para a chefia da Advocacia Geral da União foram confirmadas em nota nesta segunda-feira (29) em nota assinada pelo Palácio do Planalto.

Em entrevista ao repórter Victor LaRegina, o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA) afirmou que a saída de Cardozo foi motivada por pressão. “O ministro da Justiça está saindo porque não resistiu às pressões que o PT, o presidente do PT, o ex-presidente Lula e deputados federais estão fazendo, porque não aceitam que a Polícia Federal faça suas investigações na Lava Jato”, disse.

Segundo o deputado tucano, os petistas estão “desesperados” por conta do andamento das investigações da Operação Lava Jato, que nas últimas semanas vêm investigando o triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia, ligados ao ex-presidente Lula. “Eu espero que a população fique muito atenta a tudo isso, para que não haja nenhuma tentativa de interferir na Lava Jato”, afirmou.

“Semana passada foram vários deputados federais no gabinete dele [Cardozo] dizendo que não poderia prosseguir daquela maneira, que o Lula poderia ser preso. O ex-presidente não consegue explicar e não consegue explicar nem aos próprios companheiros e querem abafar a Lava Jato, que não pode chegar ao PT e nem no Lula. O ministro não aguentou essa pressão toda e pediu para sair”, pontuou.

A nota do Planalto informou ainda que quem assumirá o lugar de Cardozo no comando do Ministério da Justiça será o ex-Procurador Geral da Justiça do Estado da Bahia, Dr. Wellington César Lima e Silva. A indicação de Wellington César foi articulada pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. “É importante que ele não queira fazer nenhuma interferência na Lava Jato (…) Pode ser que ele vá para lá [Ministério da Justiça] com algum tipo de acerto, mas esse tipo de acerto não vai funcionar”, finalizou o deputado.

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