‘Não sou economista’, diz Bolsonaro sobre cancelamento do aumento do diesel
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (12) que conversou com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para pedir explicações sobre o reajuste de 5,7% no preço do diesel. Após a conversa, a empresa desistiu da decisão e manteve o preço do combustível a R$ 2,1432.
Na inauguração do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Macapá, no Amapá, Bolsonaro reforçou que não adotará práticas intervencionistas na estatal. “Não vou ser intervencionista e fazer práticas que fizeram no passado, mas quero os números da Petrobras, tanto é que na terça-feira (9) convoquei todos da Petrobras para me esclarecer por que 5,7% de reajuste, quando a inflação desse ano está projetada para menos de 5%”, disse.
O presidente voltou a repetir que não entende de economia, algo que ele diz desde a campanha presidencial do ano passado. “Não sou economista, já falei. Quem entendia de economia afundou o Brasil. Os entendidos afundaram o Brasil”, afirmou.
Caminhoneiros
Ainda no evento na capital do Amapá, Jair Bolsonaro se mostrou preocupado com a reação dos caminhoneiros ao aumento do preço do diesel. “Estou preocupado com o transporte de cargas, com os caminhoneiros, que são pessoas que fazem o transporte de cargas e de riquezas de norte a sul, de leste a oeste, e têm que ser tratados com o maior carinho e consideração”, afirmou.
Em maio do ano passado, os caminhoneiros organizaram uma greve que causou transtornos ao país. Uma das demandas dos grevistas era a redução do preço do diesel.
Efeitos no mercado
A decisão da Petrobras de cancelar o reajuste do diesel causou efeitos no mercado. As ações da empresa chegaram a cair 4,96% nesta sexta-feira, enquanto o dólar chegou a ser cotado a R$ 3,90.
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