‘Não tem como prever, mas tem como dificultar o acesso a arma’, afirma especialista em segurança
O massacre ocorrido na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (13), causou uma comoção no País e iniciou debates sobre segurança pública e desarmamento.
Para Michele dos Ramos, especialista em políticas de segurança pública e integrante do Instituto Igarapé, é difícil impedir que tragédias como em Suzano aconteçam, mas a sociedade e as autoridades têm condições de dificultá-las.
Em entrevista a Jovem Pan, Michele dos Ramos apontou temas importantes que deveriam ser debatidos e que poderiam ter ajudado a evitar o massacre na escola da região metropolitana da capital paulista.
“O primeiro passo seria fortalecer a nossa capacidade para reduzir o número de armas ilegais, que foram utilizadas hoje, e depois dificultar o acesso a elas, pois quanto mais armas em circulação, mais mortes, sejam em homicídios, feminicídio e suicídios”, comentou a especialista, que emendou:
“Temos que assumir a responsabilidade a narrativa de que arma de fogo é a solução para nossos problemas coletivos de segurança. Estamos em um momento de muita discussão, de grande polarização, mas é preciso responsabilidade, pois esse passo da narrativa e do entendimento são passos muito arriscados”, completou.
Michele dos Ramos também destacou a importância dos cuidados com a saúde mental da população e do combate ao bullying dentro de ambientes escolares: “Foram dois jovens que cometeram essa tragédia em Suzano. E a gente precisa entender o que levaram eles a ter esse tipo de comportamento também”, concluiu.
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