‘Não vai ter isso ano que vem’, diz Bolsonaro sobre questão do Enem de dialeto LGBT
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, criticou a questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que envolvia um texto sobre o Pajubá, um dialeto usado pela comunidade LGBT. “É um absurdo”, disse em uma live transmitida pelo Facebook nesta sexta-feira (9).
Indignado com a pergunta, que repercutiu nas redes sociais desde o último domingo (4), no primeiro dia de prova, Bolsonaro prometeu que isso não voltará a acontecer a partir do ano que vem, quando ele assumir a presidência da República. “Não vai ter questão dessa forma no ano que vem porque nós teremos acesso à prova antes”, disse. “Vai obrigar o nosso jovem a se interessar por esse assunto?”, questionou.
Criticando a ideologia de gênero, o futuro presidente disse que quer que as escolas ensinem coisas ensinem “coisas importantes”. “Que importância tem a ideologia de gênero? Vá ser feliz, mas não fica perturbando nas escolas, obrigando a criançada a estudar besteira que não vai levar a lugar nenhum”, afirmou. “O objetivo da educação é você ser um bom profissional, não conhecedor dessas besteiras de ideologia de gênero.”
Universidades
Bolsonaro também falou sobre as universidades públicas e classificou algumas delas como desperdício de dinheiro. “Uma parte considerável das universidades é dinheiro jogado fora”, afirmou. “No Centro Acadêmico é maconha, camisinha no chão, cachaça na geladeira”, continuou o capitão.
Ele prometeu mudar esse panorama, mesmo que isso gere críticas. “Vão me chamar de homofóbico, fascista, ditador, mas vamos tentar mudar isso aí”, declarou.
Para isso, o presidente eleito disse que quer um ministro da Educação que “que entenda que o Brasil é um país conservador”. “Ninguém quer impor nada, mas queremos a normalidade”, resumiu.
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