“Não vejo como sair desse imbróglio sem novas eleições”, defende Ronaldo Caiado

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2015 17h12
André Corrêa/Agência Senado Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)

Em entrevista à Jovem Pan, o líder do Democratas no Senado, senador Ronaldo Caiado, defendeu novas eleições para que o País “saia desse imbróglio” político. “Se a presidente tivesse um mínimo de urgência republicano e com respeito à democracia, ela convocaria novas eleições. Não vejo como sair desse imbóglio sem novas eleições. Não tem como costurar esse entendimento”.

Questionado se teria defendido uma renúncia coletiva tanto da presidente Dilma quanto do Congresso Nacional, Caiado reiterou a consulta às urnas. “O que eu tenho defendido é que diante deste colapso dos princípios da República, da Ética, da moralidade, da governança precisamos voltar a consultar as urnas. Tanto para presidente quanto para o Congresso Nacional”, disse.

O senador pelo DEM ressaltou ainda a deterioração, cada vez maior, do quadro político e ressaltou: “um processo que amanhã pode caminhar para um quadro de convulsão social. E aí sim, seria a quebra da regra de um processo democrático”. Segundo ele, “nós estamos assistindo um colapso político em decorrência do processo de denúncia e de corrupção instalado” e “não podemos minimizar a gravidade do quadro”.

Mandato do senador petista Delcídio Amaral

A oposição no Senado pretende ingressar na terça-feira (01) no Conselho de Ética da Casa para cassar o mandato de Delcídio Amaral, líder do Governo na Casa. No entanto, nesta quinta-feira (26), a oposição ainda estava reticente em relação a tal decisão. Para Ronaldo Caiado, o fato não é uma questão de prorrogação ou decisão de deixar de levar adiante.

“Isso é uma prerrogativa da Mesa Diretora, ela que recebeu o processo, encaminhado pelo STF. Normalmente, cabe à MEsa, ao receber, porque assim ela já tem um documento formalizado (…) Quando chegou para a Mesa Diretora, é ela que se reúne e é encaminhado ao Conselho de Ética. O que foi feito foi uma conversa com o presidnete do Senado para que ou o processo seja encaminhado pela Mesa ou, na terça-feira, nós fazemos cnjuntamente, um pedido para encaminhamento no Conselho de Ética”, explicou.

Os partidos tomaram a decisão diante a possibilidade do presidente Renan Calheiros protelar o início de um processo contra o petista. O PSDB, o DEM, o PPS e a Rede traçaram um “plano B” por uma questão de “prudência”. Ou seja, caso os governistas, por meio da mesa diretora, adiem o debate sobre a cassação, os oposicionistas vão se adiantar.

Críticas à oposição

A oposição vem sendo criticada duramente na cobrança por atitudes mais “agressivas” no combate à crise política. No enatnto, Caiado afirmou que esta é uma visão simplista.

“No Congresso Nacional você só aprova se tiver maioria. A oposição tem, em 513 deputados na Câmara, um máximo de 80 deputados. E, no máximo, entre 81 senadores, cerca de 25 no Senado. Como você consegue avançar em aprovar ou derrotar posições que você não concorda ou aquelas que você concorda, se você tem pouco mais de 10% das Casas no Congresso Nacional? Não quer dizer que a oposição deixou de se pronunciar”, finalizou.

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