“Não vemos risco nenhum de prisão”, disse advogado de Lula minutos antes de mandado

Reprodução/PT Zanin Martins falou com a imprensa minutos antes de Sergio Moro expedir mandado de prisão de Lula: "Só uma arbitrariedade poderia gerar uma restrição a direitos do ex-presidente", disse

Menos de meia hora antes de o juiz Sergio Moro decretar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (5), um de seus advogados, Cristiano Zanin Martins, dizia em coletiva à imprensa transmitida ao vivo pelo Facebook: “Não vemos risco nenhum de prisão”. Questionado, o escritório de defesa de Lula ainda não se pronunciou após a expedição do mandado.

Devido à possibilidade dos chamados “embargos dos embargos” ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), o defensor avaliou que “não estava esgotada a jurisdição de 2º grau”.

O advogado disse ainda que “o ex-presidente está tranquilo”, embora não quisesse revelar “o teor da conversa com o nosso cliente”.

“Só uma arbitrariedade poderia gerar uma restrição a direitos do ex-presidente Lula”, afirmou. “O ex-presidente Lula, de acordo com a Constituição Federal, deve ser tratado como inocente. Qualquer outra interpretação que se der será contrária à Constituição e estará rasgando nosso diploma máximo no País”, concluiu.

Zanin Martins também destacou que a defesa de Lula ainda pode impetrar um recurso especial (STJ) e um recurso extraordinário (STF) e disse que o acórdão de condenação contra Lula “será reformado nos tribunais superiores”.

“E possível adotar instrumentos jurídicos para suspender qualquer medida que pudesse ser adotada com base naquele acórdão”, afirmou.