“Não vim aqui a passeio”, diz Levy na Turquia, negando rumor de que perderá posto
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, rechaçou os rumores de que estaria sendo ameaçado ou a ponto de ser substituído. “Estamos navegando e permaneço até segunda ordem”, disse durante entrevista coletiva ao fim dos trabalhos do primeiro dia da reunião de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20. “Estou aqui, tenho respaldo da presidente Dilma e não vim a passeio”, disse.
Levy tenta afastar os rumores de que estaria sendo pressionado a deixar o governo sob a acusação de que a política econômica é muito austera. “O folhetim não é muito importante. O importante é o avanço das medidas. É nisso que a gente está focando”, respondeu.
Em Brasília, informações de bastidores indicam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria liderando a pressão contra o ministro e que o petista teria Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, como preferido para ocupar a cadeira de Levy.
Diante dos rumores, Levy ressaltou na entrevista que “nunca teve grandes diferenças com o presidente Lula”. “Uma das grandes sabedorias (de Lula) foi ter paciência, ao contrário de outras pessoas que querem fazer tudo ao mesmo tempo. A grande lição que ele deu foi fazer as coisas no seu tempo”, disse Levy.
O ministro da Fazenda deu como exemplo a política de aumento do salário mínimo que “foi construída” gradualmente. “Isso mostra persistência e paciência”, disse Levy.
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