‘Não vou falar sobre isso’, diz Onyx sobre entrevista de ex-assessor de Flávio Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 27/12/2018 19h15
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Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo Onyx falou com jornalistas após reunião em Brasília

O futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse nesta quinta-feira (27) que não vai comentar as declarações feitas Fabrício Queiroz em entrevista. O ex-assessor do senador eleito Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) é acusado de realizar movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em conta bancária e tentou se justificar à imprensa na quarta (26).

Queiroz – que apesar de ter concedido entrevista, não compareceu para depor ao Ministério Público – teria feito as transações quando trabalhava no gabinete de Flavio, deputado estadual do Rio de Janeiro, e filho do presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele alegou que as movimentações seriam para a compra e venda de carros, sem mais explicações.

“Não vou falar sobre isso, não me cabe. Estou tentando mostrar ao Brasil o fruto dos trabalhos nestes dois meses”, disse Onyx a jornalista. Nesse encontro, ele apresentou o plano dos primeiros 100 dias de governo, mas negou que o tema do assessor tenha sido discutido por ministros durante curso de capacitação em gestão e governança.

Fabrício Queiroz faltou a duas audiências marcadas com o Ministério Público para prestar esclarecimentos sobre o caso. Também nesta quinta-feira, o futuro ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, disse que o caso do ex-assessor de Flavio Bolsonaro “não é assunto de governo”, mas “de parlamentar”.

“Isso aí não é um assunto de governo, apesar de ter o sobrenome, a pessoa ser filha do presidente, sempre tem um reflexo, mas não é assunto de governo. É assunto de parlamentar”, afirmou Santos Cruz, ao chegar a reunião da equipe de transição, em Brasília. Ele disse ainda que não vai se “preocupar com aquilo que não é essencial no momento”.

O futuro ministro também declarou que não viu a entrevista e que não conversou com outros ministros sobre isso. Ele reconheceu, contudo, que “pela relação de parentesco, pode ter uma consequência qualquer”. “Qualquer pessoa pública, ela tem que esclarecer aquilo que é duvidoso, sem dúvida nenhuma. Isso é normal”, afirmou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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