Necessidade de provas mais concretas adia julgamento de pedido de Temer, afirma especialista
O pedido da defesa de Michel Temer para suspender o inquérito contra o presidente será julgado somente depois da conclusão da perícia nos áudios da conversa entre o presidente e o empresário Joesley Batista, dono da JBS. A determinação é da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia.
Informações vindas de Brasília davam conta de que o julgamento poderia acontecer já nesta semana, mas com a decisão da presidente do STJ nesta segunda-feira (22), o caso deve ser adiado.
Em entrevista a Jovem Pan, o advogado de Direito Constitucional da Fundação Getúlio Vargas, Rubens Glezer, disse que o processo estava em uma velocidade maior do que a habitual. No entanto, a necessidade de provas mais concretas em um processo tão complexo e importante como este levaram a ministra a tomar esta decisão, segundo o Glezer.
“Quando você tem a sua maior prova colocada em cheque, inclusive perante a nação, como o presidente Michel Temer fez, o mínimo que se espera é que essa controvérsia seja resolvida nos termos da investigação para depois acelerar o julgamento”.
Para o advogado, o impacto causado no país acaba pressionando os ministros, que desde 2015, quando o Brasil entrou em crise política e econômica, as respostas passaram a ser mais rápidas. “O julgamento tem uma certa de nuances, uma preocupação com a situação do país. Mas, neste caso a resposta será rápida. Isso é um deve do judiciário”.
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