Nível de corrupção após Lava Jato e novas leis certamente cairá, diz José Compagno

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/07/2016 13h57
Divulgação José campagno

O sócio e líder da área de Investigação de Fraude e Suporte a Litígio da Ernst & Young no Brasil, José Compagno, reiterou acreditar que o nível de corrupção no País, após a aprovação de novas leis, como a de Anticorrupção, que entrou em vigor, em 2014, e também depois da Operação Lava Jato, certamente cairá, “não tenho ilusão de imaginar que viraremos uma Finlândia, uma Dinamarca, mas sairemos dessa situação com um nível de corrupção muito diferente do que entramos e com um protocolo de relações público-privadas com outras percepções”, comentou, durante mais um evento da série Fóruns Estadão sobre Governança Corporativa.

Segundo o gestor, o momento pelo qual o Brasil está passando é transformador e inimaginável há três ou quatro anos, “nós estamos passando por uma compliance storm. A quantidade de exemplos e lições aprendidos com a Lava Jato traz impactos significativos para as corporações”, comentou.

O executivo diz que a área forense da EY no Brasil conta com quase 300 funcionários e que o volume de operações de compliance nas empresas nacionais, atualmente, é “explosivo”, apontando que muitas empresas foram utilizadas como veículos de pagamento de propina e que, após esses casos virem à tona, centenas de grandes corporações estão olhando suas estruturas e processos internos tentando identificar se, eventualmente, houve pagamento para essas empresas problemáticas.

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