No mesmo dia em que deixou o governo, ex-ministro já articulava impeachment

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2015 12h03
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Eliseu Padilha

No mesmo dia em que anunciava a saída oficial do governo, o ex-ministro da Aviação Civil Eliseu Padilha (PMDB) já articulava no Congresso para organizar o impeachment.

O argumento de Eliseu é que recebeu do presidente do partido, o vice-presidente da República Michel Temer incumbência de escutar as representações partidárias. Isso se deu antes de ser vazada carta em que Temer critica duramente Dilma.

Na prática, o primeiro movimento político foi o de tentar afastar o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani, que faz dobradinha com a presidente Dilma. Picciani avisa que sobreviveu: “Esse movimento não obteve sucesso, não teve o número suficiente para o objetivo que pretendia”.

“Eu continuarei líder, prezando pela unidade da bancada, pela estabilidade, pelo bom senso, agora, evidentemente, não controlo todas as posições”, diz Picciani.

Padilha ressalta que ninguém tem o controle do PMDB. “O PMDB tem uma composição múltipla. Uma parte apoia o governo de forma incondicional, uma parte é mais ou menos neutra e uma parte faz oposição”, avalia. “Então o presidente do partido, Michel Temer, tem que ser tradutor dessa vontade do partido”, pediu o ex-ministro nesta segunda.

Os dissidentes do PMDB, capitaneados pelo deputado Lucio Vieira Lima (BA), montaram chapa paralela para disputar as indicações para a comissão processante do impeachment.

O movimento da chapa paralela isola o poder dos líderes e joga a decisão para o voto do plenário, que pode até ser secreto.

Com informações do repórter Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade

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