“Novo aditamento pode comprometer todo o processo”, diz Janaina Paschoal
O presidente da Comissão Especial de impeachment, Rogério Rosso (PSD-DF) afirmou em entrevista à Jovem Pan que novos aditamentos à denúncia resultam em uma abertura de novos prazos. Falando ao repórter Thiago Uberreich, a advogada Janaina Paschoal afirmou nesta segunda-feira (21) que “a apresentação de um novo pedido ou novo aditamento pode comprometer todo o processo em andamento”.
“Não se deve levar mais nenhum fato novo, porque o que está lá é mais que o suficiente para o afastamento da presidente (…) Nossa denúncia já é bem completa. Trata das pedaladas fiscais, da abertura de crédito não autorizado pelo Congresso, tudo o que aconteceu na Petrobras”, afirmou a advogada.
Janaina Paschoal assina, junto aos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr, a denúncia acatada pelo presidnete da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A advogada afirmou ainda que foi colocada como anexo da denúncia a delação do senador Delcídio Amaral para “corroborar com tudo o que foi escrito”. Ela reiterou ainda a completude da denúncia: “O prazo [de defesa da presidente] já está correndo. Qualquer brasileiro pode pedir o impeachment. Respeitando a liberdade, nos parece temerário deixar de apoiar o que já está em andamento. É uma denúncia bem completa feita por três advogados. Já apresentamos provas complementares”.
Sobre os áudios recentemente divulgados pelo juiz federal Sérgio Moro, Janaina Paschoal admitiu que é possível tocar o processo “independentemente deles”, mesmo que confirmem tudo o que foi escrito na denúncia.
Para o presidente da Comissão Especial que analisará o impeachment, se as sessões previstas para que Dilma Rousseff apresente sua defesa, somadas às 5 sessões reservadas para a elaboração do relatório que será votado em plenário, correrem bem, é possível que a votação seja feita até o dia 14 ou 15 de abril.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.