‘Me avisem se pedirem novo AI-5 para eu sair do hospital e ir pra rua protestar’, diz Covas

O prefeito de São Paulo passou pela terceira sessão de quimioterapia nesta terça

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2019 20h11 - Atualizado em 26/11/2019 20h18
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Divulgação/Governo do Estado de São Paulo O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), concede sua primeira entrevista coletiva nesta segunda-feira (18) Ao centro, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, usou as redes sociais para se manisfestar contra a polêmica fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o AI-5. Nesta terça-feira (26), Covas pediu, por meio de sua conta oficial no Instagram, para seus seguidores o avisarem “se pedirem o AI-5 de novo” para ele “sair do hospital e ir para a rua protestar”.

O prefeito passou pela terceira sessão de quimioterapia. Covas foi internado ainda na noite de segunda (25). Ele faz tratamento para um câncer diagnosticado na região do estômago.

A fala do prefeito acontece no dia seguinte ao ministro falar sobre a possibilidade de um novo AI-5. “Não se assustem então se alguém pedir o AI-5”, afirmou durante evento em Washington, nos Estados Unidos. Há cerca de um mês, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também já havia relembrado o Ato Institucional nº 5 durante entrevista à jornalista Leda Nagle.

O prefeito de São Paulo, que durante outras internações continuou despachando e fazendo reuniões de seu quarto no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, usou as hashtags #democracia e #AI5nao.

Durante o evento nesta segunda (25), Guedes se referiu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5″, afirmou. O ministro considerou ainda “uma insanidade” o petista pedir a presença do povo em manifestações nas ruas.

Covas foi internado no dia 23 de outubro no hospital Sírio-Libanês para tratamento de uma erisipela, mas após dois dias, os médicos diagnosticaram uma trombose venosa das veias fibulares e exames complementares também revelaram um tromboembolismo pulmonar e câncer na região de transição do esôfago para o estômago, além de metástase no fígado e lesão nos linfonodos.

O prefeito, então, passou por exames complementares e tem sido submetido a quimioterapia. No dia 18 de novembro, ele voltou a despachar da sede da prefeitura, no centro da capital, com recomendação médica para evitar aglomerações.

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