Novo ministro da Justiça comandou 2 vezes MP da Bahia; posse ocorre na quinta

  • Por Agência Estado
  • 29/02/2016 19h37
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Ex-procurador-geral da Justiça da Bahia Wellington César Lima e Silva será o novo ministro da Justiça, no lugar de José Eduardo Cardozo Agência Brasil Wellington César Lima e Silva

Com 50 anos de idade, o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, tem 25 anos de carreira e exercia os cargos de procurador de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) e de Procurador-Geral de Justiça Adjunto para Assuntos Jurídicos. 

Ele também já comandou por dois mandatos consecutivos o Ministério Público do Bahia, entre 2010 a 2014. No período, Wellington César defendeu a manutenção da maioridade penal e atuou como interlocutor na relação entre instituições, especialmente na aproximação do órgão com as Polícias Civil e Militar. A posse do novo ministro, que substituirá José Eduardo Cardozo, deve acontecer na próxima quinta-feira, 3. 

Indicação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o futuro ministro é Mestre em Ciências Criminais e doutorando em Direito Penal e Criminologia. 

Nascido em Salvador, Wellington César é formado em direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ingressou no MP em 1991; foi promotor nas comarcas de Itagimirim, Tucano e Feira de Santana. Em 1995, ele foi promovido para Salvador, onde atuou na Promotoria de Justiça de Assistência, na 6ª Vara Criminal e na Central de Inquéritos do MP. Também ocupou o cargo de assessor especial do procurador-geral de Justiça nos anos de 1996, 1999 e 2000.

Posse 

A cerimônia de posse do novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, está prevista para acontecer na próxima quinta-feira, 3, de acordo com fontes do Palácio do Planalto. Ex-procurador Geral da Justiça do Estado da Bahia, Wellington César é uma indicação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e assume no lugar de José Eduardo Cardozo, que será transferido para a chefia da Advocacia Geral da União (AGU), em substituição ao ministro Luís Inácio Adams que solicitou o seu desligamento por motivos pessoais.

Wellington César já havia conversado na semana passada com Wagner e com própria presidente Dilma Rousseff. Hoje, o futuro ministro esteve no Planalto com a presidente antes de seu nome ser anunciado oficialmente. Anteriormente, seu nome constava na lista para substituir Adams, que já havia solicitado seu afastamento, mas, com a decisão de Cardozo de deixar o governo, após pressão do PT, o procurador baiano foi escolhido para a Justiça. 

A nomeação amplia a influência de Wagner no governo, que assumiu o posto da Casa Civil em outubro em substituição da Aloizio Mercadante, e evidencia a influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente é muito próximo a Wagner, embora o ministro da Casa Civil seja também um nome de confiança da presidente. 

Para fechar o novo desenho dos titulares da área jurídica, a presidente ficou reunida com Wagner, Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e o próprio Cardozo. Além da troca no ministério e na AGU, o Planalto anunciou nesta segunda a troca no comando da Controladoria Geral da União (CGU). Sai Carlos Higino, que estava interinamente no cargo de ministro-chefe do órgão para assumir Luiz Navarro de Brito.

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