‘O presidente Bolsonaro está do nosso lado’, diz líder dos caminhoneiros

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2019 11h23 - Atualizado em 13/04/2019 12h17
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Aloisio Maurício/Estadão Conteúdo Os caminhoneiros apoiaram a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência da República Lideranças dos caminhoneiros se manifestam contra auxílio do governo

Conhecido como Chorão, Wallace Landim, um dos principais líderes dos caminhoneiros, telefonou na tarde da última quinta-feira (11) para um assessor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A intenção? Reclamar do aumento de preço do diesel. Nesse contato, foi informado de que a queixa seria levada ao presidente Jair Bolsonaro por Onyx e pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Floriano Peixoto. O recuo da Petrobras de aumentar o valor do combustível foi anunciado horas depois. “Isso prova que mais uma vez o presidente está do nosso lado”, disse.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, Wallace disse que mantém contato com integrantes da Casa Civil desde o mês passado, quando levou demandas da categoria. O período em que iniciou o diálogo entre caminhoneiros e a Casa Civil, em março, coincide com o momento em que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) passou a monitorar com mais atenção os riscos de uma nova greve da categoria.

O governo não quer que uma nova paralisação tome as mesmas proporções da que ocorreu em maio de 2018. O estopim, na época, foi justamente as altas do preço do diesel. A avaliação de um integrante do governo é de que os caminhoneiros “conheceram a sua força” na última greve e que agora possuem maior poder de negociação.

Sobre a possibilidade de uma nova greve, Landim disse que a categoria toda está “sofrendo” e “insatisfeita”. “Isso vem de longa data, tanto que tivemos que parar no ano passado”.

À Casa Civil, o líder dos caminhoneiros pediu o cumprimento do piso mínimo de frete, da jornada de trabalho e do fornecimento de pontos de parada adequados e também uma mudança na política de preços da Petrobras. Wallace Landim elogiou também a iniciativa do governo de criar o cartão-caminhoneiro, há cerca de duas semanas, mas disse que isso “não resolve o problema 100%”.

Campanha

Wallace lembrou que a categoria atuou na campanha de Jair Bolsonaro. “É um comprometimento que ele tem com a categoria”, disse. O líder dos caminhoneiros contou que o assessor da Casa Civil deixou claro que a categoria “sempre terá o respeito e respostas imediatas” do governo. “A gente sabe que não é uma situação muito fácil, vem chumbo grosso por aí, pode ter certeza, porque querendo ou não interfere na política de preços (da Petrobras)”, disse Chorão.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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