OAB irá protocolar pedido de impeachment de Temer na Câmara

  • Por Jovem Pan com agências
  • 21/05/2017 02h23
-FOTODELDIA- BRA18 BRASILIA (BRASIL), 12/05/2017 - El presidente de Brasil, Michel Temer (i), y el presidente de la Cámara de los Diputados, Rodrigo Maia (d), participan hoy, viernes 12 de mayo de 2017, en un evento cuando se cumple un año de mandato de Temer, en el Palacio del Planalto en Brasilia (Brasil). El mandatario brasileño cumplió hoy un año en el poder y afirmó que su Gobierno "encarrila" al país con "absoluta responsabilidad" y "sin populismo", en abierta alusión a Dilma Rousseff, destituida por irregularidades fiscales. EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Presidente Michel Temer e presidente da Câmara Rodrigo Maia

O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil votou pela abertura de processo de impeachment contra o presidente da República, Michel Temer, por crime de responsabilidade. 

Os conselheiros acolheram voto proposto por comissão especial que analisou as provas do inquérito. Foram 25 votos a favor, apenas uma divergência e uma ausência. O pedido deve ser protocolado na Câmara dos Deputados nos próximos dias.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, lamentou o fato. “Estamos a pedir o impeachment de mais um presidente da República, o segundo em uma gestão de 1 ano e 4 meses. Tenho honra e orgulho de estar nessa entidade e ver a OAB cumprindo seu papel, mesmo que com tristeza, porque atuamos em defesa do cidadão, pelo cidadão e em respeito ao cidadão. Esta é a OAB que tem sua história confundida com a democracia brasileira e mais uma vez cumprimos nosso papel”, afirmou.

Temer quer parar investigação

Em seu segundo pronunciamento após a divulgação da delação da JBS, que motivou abertura de inquérito contra si por corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa, o presidente da República Michel Temer rebateu as acusações, desqualificou o delator Joesley Batista, dono da JBS que fez as gravações, e anunciou que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da investigação “até que seja verificada em definitivo a autenticidade” do áudio, que classificou como “gravação clandestina”.

O pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) analisará o pedido realizado neste sábado pelo presidente da República, Michel Temer, para suspender a investigação aberta contra ele por supostos crimes de corrupção passiva, obstrução à Justiça e organização criminosa.

O instrutor do caso Petrobras no Supremo, ministro Luiz Edson Fachin, decidiu hoje enviar ao pleno a análise da solicitação realizada pelo presidente e poderia ser votado na próxima quarta-feira pelos juízes do tribunal.

Fachin também determinou que seja realizada uma perícia da gravação realizada pelo dono da empresa JBS, Joesley Batista, e que envolveu diretamente Temer, quem hoje denunciou que o áudio foi “adulterado” e “manipulado”.

O presidente questionou a validade da gravação depois que peritos disseram que a peça sofreu várias edições antes de ser entregue por Batista à Justiça.

Em uma mensagem à nação, Temer afirmou hoje que a gravação é “fraudulenta”, “modificada” e esconde “interesses subterrâneos”.

Após a solicitação de Temer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a continuidade da investigação, pois, em sua opinião, o objetivo é analisar os fatos.

O presidente Temer voltou a defender sua inocência, depois que os diretores da JBS o acusaram de receber propinas desde 2010 e disse que “nunca comprou o silêncio de ninguém” e nem “obstruiu a Justiça”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.