Objetivo de segurança na PF no Paraná é evitar confronto entre grupos antagônicos

  • 07/04/2018 17h07 - Atualizado em 07/04/2018 17h07
RODRIGO FÉLIX LEAL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Integrante do Movimento Brasil Livre provoca manifestantes a favor do ex presidente Lula em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), neste sábado (07), no aguardo da chegada do ex presidente Luis Inácio Lula da Silva

Os grupos de manifestantes pró e contra Lula estão separados por um cordão policial em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), que aguarda a chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Uma zona neutra foi criada para evitar o confronto entre os dois blocos.

O tenente-coronel Naasson Polak estimou em entrevista à Jovem Pan que há no máximo 500 pessoas reunidas no local, enquanto Lula ainda não havia deixado o Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo.

Muitos dos que defendem o ex-presidente estavam mais cedo em um ato de comemoração pela saída do governador Beto Richa (PSDB), que vai concorrer ao Senado.

Do lado contra Lula, um carro de som chegou ao local há pouco.

“O objetivo é não permitir que haja confronto entre grupos antagônicos”, disse Polak. “Que cada um possa fazer sua linha de manifestação com segurança”, afirmou o oficial.

O tenente explicou o baixo efetivo: “se eu coloco um número de efetivo grande nesse momento, não vou ter fôlego para aplicar adequadamente na hora que o grande número de pessoas estiver vindo para cá”.

O coronel garantiu que já há um esquema preparado para receber o ex-presidente: “a tratativa vem existindo desde que o juiz Sergio Moiro emitiu o mandado de prisão”.

Sala especial

Quando chegar a Curitiba após ser preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficará no quarto andar do prédio da Superintendência da Polícia Federal (PF) da capital paranaense em uma Sala de Estado Maior, como determinou o juiz federal Sérgio Moro.

Este tipo de sala especial está previsto no estatuto da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) para a prisão de advogados. O mecanismo busca diminuir os efeitos do encarceramento de advogados em prisões cautelares.

O local era, originalmente, um dormitório destinado a receber agentes da PF de outras superintendências estaduais, a trabalho. Uma beliche foi retirada do local e foi instalada uma cama de solteiro para o ex-presidente.

A sala possui uma janela, um armário embutido e um banheiro privativo com vaso sanitário e chuveiro.

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