Olimpio diz que PSL não fará pedido de alteração no texto da MP dos ministérios
O líder do PSL no Senado, Major Olimpio, afirmou nesta terça-feira (28) que os quatro senadores do partido devem votar pela permanência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Ministério da Economia. Segundo ele, a decisão é um pedido do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do próprio ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que teve o órgão retirado de sua alçada.
“Nós vamos votar com o pedido do presidente, com o pedido do Sergio Moro, pedido do Paulo Guedes”, afirmou.
Ele reiterou, ainda, que o PSL não apresentará destaques durante a votação da Medida Provisória da reforma administrativa no Senado. O presidente Jair Bolsonaro pediu, na última quinta-feira (23), que os seus colegas do partido aprovassem o texto da forma como ele “passou na Câmara”.
“Nós vamos voltar para o Senado, vamos ver o decorrer da sessão, se serão realmente apresentados destaques por partidos que tinham sido colocados. Está se tentando fazer uma sensibilização de todos os parlamentares (para que não alterem o texto da Câmara)”, assegurou Olimpio, que anteriormente estava defendendo que o Coaf fosse mantido com Moro, apesar dos apelos de Bolsonaro.
O temor do governo é de que, ao alterar o texto como foi aprovado na Câmara na semana passada, que retirou o Coaf da competência de Moro, a medida provisória da reforma perca sua validade. A MP 870 diminui o número de ministérios de 29 para 22 e, caso não seja aprovada nas duas Casas legislativas, irá caducar no próximo dia 3 de junho.
“Moro entrou em contato comigo manifestando gratidão pelo esforço da manutenção do Coaf, mas também recomendou que é mais importante considerar a nova estrutura administrativa do governo do que efetivamente o Coaf como órgão fundamental na Justiça”, declarou Olimpio.
“O presidente teme que se tivermos alguma alteração, destaques que podem ocorrer, seja em relação a Funai ou Coaf, principalmente, possa comprometer uma exiguidade de tempo para que possa retornar à Câmara. Ele pediu nossa ponderação e acolhimento. Não tem destaque do PSL”, concluiu.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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