Onyx: ‘Sociedade decidiu dar basta em ideias socialistas e comunistas que levaram ao caos que vivemos hoje’
O ministro Onyx Lorenzoni justificou na tarde desta quinta-feira (3) a exoneração de funcionários da Casa Civil. “A gente brincou [que isso é] a despetização”, disse, ao apresentar balanço da primeira reunião ministerial com o presidente Jair Bolsonaro.
“Não há nenhum sentido ter um governo com o perfil que nós temos com pessoas que defendem outra lógica, outro sistema de governo e outra organização da sociedade”, declarou. A medida de Onyx atinge cerca de 320 pessoas que atuavam na Casa Civil.
“Esse é o único jeito de fazer aquilo que a sociedade brasileira decidiu por maioria: dar um basta nas ideias socialistas e nas ideias comunistas, que por 30 anos levaram a esse caos que nós vivemos hoje”, afirmou.
Em entrevista coletiva, Onyx Lorenzoni explicou que o caos a que se referiu inclui “desemprego, desestruturação do Estado, de insegurança das famílias, má prestação da saúde e escola que, em vez de educar, doutrina”.
“A sociedade fez uma escolha muito clara e nos cabe aqui respeitar a cidadania brasileira”, afirmou. Como diz o capitão [Bolsonaro], estamos aqui para servir à população brasileira e não a nenhum partido e nenhuma ideologia.”
Coragem
Ao falar sobre as exonerações, o ministro aproveitou para cutucar o ex-presidente Michel Temer. “Nós estamos tendo a coragem de fazer o que talvez tenha faltado ao governo que terminou de logo no início ir limpando a casa”.
De acordo com ele, se houver novas indicações para cargos de confiança, o primeiro critério para a nomeação deve ser “técnico”, depois “vai se ver quem indicou”. Essa é uma das primeiras definições da equipe de governo.
Reunião
No primeiro encontro de toda a equipe de governo, Jair Bolsonaro começou a traçar a programação dos primeiros 100 dias de gestão. “Foi uma reunião de alinhamento do presidente com cada um dos ministros”, relatou Onyx.
Entre prioridades, estão a revisão de “movimentações incomuns” realizadas no final da gestão de Temer, além do levantamento de imóveis do governo que podem ser vendidos e a criação de uma regra para indicações técnicas em todo o Poder Executivo.
Sobre mudanças nas aposentadorias, ele fez apenas uma declaração: “Só uma palavra sobre a Previdência: nós vamos fazer a reforma. Ponto.” O ministro da Economia, Paulo Guedes, está preparando uma apresentação sobre o assunto.
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