OOG diz que investigação não encontrou irregularidade em contrato com Petrobras

  • Por Estadão Conteúdo
  • 23/09/2016 12h27
A general view of the headquarters of Odebrecht, a large private Brazilian construction firm, in Sao Paulo in this November 14, 2014 file photo. Brazilian police on June 19, 2015, arrested Marcelo Odebrecht, the head of Latin America's largest engineering and construction company Odebrecht SA, local media said, pulling the most high-profile executive into the corruption investigation at state-run oil firm Petrobras. Federal officers had orders to arrest a total of 12 people in four states and bring them to the southern city of Curitiba where the investigation is based, according to a federal police statement that did not give the names of the detained. REUTERS/Paulo Whitaker/Files Reuters Odebrecht

A Odebrecht Óleo & Gás (OOG) informou, nesta sexta-feira, 23, por meio de nota, que concluiu investigação independente conduzida pelo escritório Veirano Advogados, na qual não foram encontradas na empresa evidências de pagamentos ou oferecimento de vantagens indevidas a agentes públicos envolvendo contratos com a Petrobras no contexto da Operação Lava Jato. O trabalho foi iniciado em agosto de 2015.

A OOG está, desde o ano passado, em negociações com bondholders para reestruturar uma dívida de US$ 3,7 bilhões e evitar que esses investidores peçam o vencimento antecipado desse compromisso. Paralelamente, negocia com a Petrobras contratos que sustentam o fluxo de compromissos dessa dívida.

Citada na Lava Jato, os problemas da OOG começaram no ano passado, quando a Petrobras encerrou o contrato de uma das quatro sondas que garantem o fluxo de pagamento dos bônus. As receitas da OOG ficaram também comprometidas pelo fato de ter entrado na lista negra da Petrobras, ou seja, impedida de participar de novas licitações para execução de serviços de manutenção de plataformas. 

Bloqueada na estatal brasileira, a empresa tem enfrentado dificuldades também para estabelecer contratos com empresas estrangeiras, de acordo com fonte próxima à empresa.

Segundo a OOG, a investigação, sob a coordenação de um Comitê instituído pelo Conselho de Administração da empresa, foi feita a despeito de não haver qualquer denúncia concreta envolvendo os seus contratos. A investigação independente seguiu as melhores práticas de mercado, o que incluiu a coleta de mais de 1,2 milhão de documentos, análise de milhares de contratos e e-mails e entrevistas com integrantes da OOG, disse a empresa.

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