Operação da PF na Bahia tem governador petista e ex-ministros como alvo

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 04/10/2016 08h52
Rio de Janeiro - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta manhã os trabalhos da 30ª fase da Operação Lava Jato, a operação Vício. Na foto carros da Polícia Federal chegam com malotes e computadores na sede da polícia, região portuária do Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Polícia Federal - AGBR

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (4), a Operação Hidra de Lerna. A ação, que no total cumpre 16 mandados de busca e apreensão, investiga um esquema de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia e outro de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. 

O repórter José Maria Trindade destaca que o governador da Bahia, Rui Costa (PT) é investigado, além de dois ex-ministros das Cidades, Márcio Fortes e Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia.

A empreiteira OAS e um diretório do PT na Bahia também são alvo da investigação.

Os mandados, em razão do foro por prerrogativa de função de investigados, foram todos deferidos pela Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF cumpre mandados na Bahia, no Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Confira a informação de José Maria Trindade:

A Operação Hidra de Lerna deriva de três colaborações de investigados na Operação Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de validação pela Polícia Federal, e tem como origem dois novos inquéritos em tramitação no STJ. A distribuição entre os ministros da Corte ocorreu de forma automática.

De acordo com a PF, uma das linhas de investigação recai sobre supostos esquemas para financiar ilegalmente campanhas eleitorais. A empreiteira sob investigação teria contratado de maneira fictícia empresas do ramo de comunicação especializadas na realização de campanhas políticas, remunerando serviços prestados a partidos políticos e não à empresa do ramo de construção civil. 

Em outra direção, a Federal pretende investigar a ocorrência de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.

Hidra de Lerna

O nome da operação, segundo a PF, se refere à “monstruosa figura da mitologia helênica, que ao ter a cabeça cortada ressurge com duas cabeças.” “A Operação Acrônimo, ao chegar a um dos líderes de uma Organização Criminosa, se deparou com uma investigação que se desdobra e exige a abertura de dois novos inquéritos”, explica a Polícia Federal.

Confira o comentário de Marco Antonio Villa: 


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