Operação prende 33 suspeitos de liderar organização criminosa comandada por policiais no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2018 09h33 - Atualizado em 30/08/2018 09h44
Reprodução TV Globo Os denunciados são suspeitos de corrupção, extorsão, concussão, peculato e organização criminosa, entre outros crimes

Uma ação deflagrada na manhã desta quinta-feira (30) prendeu 33 suspeitos denunciados por extorquir dinheiro de pessoas envolvidas com atividades ilegais no Rio de Janeiro. Entre os suspeitos presos, 20 são policiais civis.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o bando extorquia dinheiro de ambulantes, bingos, comerciantes em alguma situação irregular, donos de veículos clonados, postos de gasolina e vendedores de mercadorias piratas.

A operação, que tem o objetivo de cumprir 48 mandados de prisão contra o grupo liderado por policiais, é encabeçada por agentes do MP-RJ e da Secretaria de Segurança Pública do Rio, por meio do Gaeco, e a Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

As investigações dizem que o mais alto escalão – chamado de “Administração” – era formado pelo delegado Rodrigo Sebastian Santoro Nunes e seu braço direito Delmo Fernandes Baptista Nunes, chefe do setor de investigações. Thiago Luis Martins da Silva, outro delgado, também teria papel importante na organização criminosa. A ação é a segunda fase da operação denominada Quarto Elemento.

Dos 48 suspeitos, 24 são policiais civis, seis são policiais militares, dois são bombeiros militares, um é agente penitenciário e outras 15 são informantes ou ajudantes dos policiais.

Segundo o Ministério Público, todos os denunciados tinham como objetivo identificar infratores da lei, seu potencial econômico e realizar batidas policiais contra eles, com a intenção de pega-los cometendo crimes ou irregularidades administrativas.

A partir disso, ao invés de fazer o correto, os suspeitos pediam dinheiro para que os infratores não fossem conduzidos ou tivessem a mercadoria apreendida e sofressem os procedimentos legais. De acordo com a denúncia, o grupo ameaçava e até agredia as vítimas. Em alguns casos, o bando tomava para si as mercadorias apreendidas para revender depois.

Os denunciados são suspeitos de corrupção, extorsão, concussão, peculato e organização criminosa, entre outros crimes.

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