Oposição entrega a Cunha novo pedido de impeachment de Dilma

  • Por Agência Estado e Agência Câmara
  • 21/10/2015 11h42
BRASÍLIA, DF, 21.10.2015: DILMA-IMPEACHMENT - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebe das mãos dos líderes da oposição e da filha do jurista Hélio Bicudo, Maria Lucia Bicudo, um novo pedido de impeachment feito pela oposição que contempla as chamadas pedaladas fiscais que teriam sido cometidas neste ano. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress) Pedro Ladeira/Folhapress Eduardo Cunha recebeu líderes da oposição nesta quarta-feira em seu gabinete para acatar o processo de impeachment

Líderes de partidos da oposição ao governo Dilma Rousseff protocolaram na manhã desta quarta-feira (21) um novo pedido de impeachment da presidente. Deputados do DEM, PSDB, PPS e Solidariedade chegaram à Câmara dos Deputados empurrando um carrinho com o relatório acomodado em três pastas volumosas.

Após protocolar o pedido, os parlamentares iniciaram uma reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O novo pedido de afastamento estava previsto para ser entregue na última sexta-feira (16). A entrega, entretanto, acabou sendo adiada para esta quarta, já que os líderes da oposição queriam anexar como justificativa do afastamento alguns decretos presidenciais que previam aumento de gastos neste ano sem autorização do parlamento. Esses decretos são considerados pelos líderes oposicionistas como indícios de pedaladas fiscais no atual mandato.

A exemplo de um dos pedidos anteriores, o novo requerimento foi assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reali Jr. e por 43 movimentos de rua, conforme informou Maria Lúcia Bicudo, que compareceu à Câmara representando o seu pai.

Este é o vigésimo oitavo pedido de impeachment da presidente apresentado à Câmara. Desde o início do ano, 27 pedidos foram apresentados, sendo que 20 foram arquivados e 7 estão em análise.

O líder do Solidariedade, deputado Arthur Oliveira Maia (BA), afirmou que a novidade deste pedido é a comprovação das chamadas “pedaladas fiscais” por parte do governo neste ano. Segundo ele, houve crime de responsabilidade fiscal no atual mandato da presidente, o que abriria caminho para o impeachment. Ele disse ainda que, caso o presidente Eduardo Cunha recuse o pedido, “não será a palavra final”, pois os líderes vão recorrer ao Plenário.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), ressaltou que as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que congelaram o rito de tramitação do impeachment definido por Cunha “não vão retirar do Plenário a decisão”.

Representantes do Movimento Brasil Livre informaram que vão acampar em frente ao Congresso Nacional para pressionar os parlamentares pelo impeachment de Dilma.

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