Oposição recua de impeachment contra Dilma, mas pedirá investigação por “pedaladas” fiscais

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2015 15h19
PORTO ALEGRE,RS,26.10.2014:ELEIÇÕES-DILMA ROUSSEFF-VOTAÇÃO - Eleições 2014. A presidenta e candidata a reeleição pelo PT, Dilma Rousseff chega à seção eleitoral da Escola Santos Dumont, na zona sul de em Porto Alegre, RS, na manhã deste domingo (26). (Foto: Vinicius Costa/Futura Press/Folhapress) Folhapress Dilma Rousseff posou para fotógrafos e tomou chimarrão ao votar na Escola Estadual Santos Dumont

Os partidos de oposição seguiram o PSDB e anunciaram nesta quinta-feira (21) a decisão de abertura de ação penal contra a presidente Dilma Rousseff.

Na tarde de ontem (20), o senador Aécio Neves recebeu do jurista Miguel Reale Júnor um parecer sobre a viabilidade jurídica de um pedido de impeachment. Em reunião com representantes dos partidos de oposição, Aécio e líderes decidiram por este caminho.

O pedido de abertura de investigação será levado à Procuradoria-Geral da República. O argumento da oposição é de que Dilma, em seu primeiro mandato, cometeu crime comum com a prática das “pedaladas fiscais”.

A oposição, no entanto, não descartou por completo o processo de impeachment e alegam que, se aprovada, a investigação pode levar ao impedimento. O pedido deve passar pela PGR, ser submetido ao Supremo Tribunal Federal. Passando pelo crivo do STF, precisaria ainda de 342 votos no plenário da Câmara e aí sim a presidnete Dilma seria afastada por 180 dias a fim de que as investigações fossem concluídas pelo Senado.

Segundo informou o repórter José Maria Trindade, em Brasília, nos bastidores, os integrantes da oposição entendem que este pedido feito na Câmara dos Deputados, coloca nas mãos de Cunha um poder muito grande. Com isso, ele pode ficar muito tempo avaliando se abre ou não o processo de impeachment e seria uma maneira a mais do presidente da Câmara dominar o Governo e o Congresso Nacional.

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