Oposição vai recolher assinaturas para CPI investigar escândalo da Petrobras
A oposição vai tentar recolher assinaturas de CPI para investigar compra de refinaria pela Petrobras nos Estados Unidos e governistas tentam abafar crise. O fim de semana foi marcado por declarações de pré-candidatos à presidência sobre o aval dado por Dilma Roussef em 2006.
A então ministra da Casa Civil, que comandava o Conselho de Administração da empresa, alega que apoiou o negócio ao se basear em um parecer falho. A compra ultrapassou 1 bilhão de dólares, mas a mesma refinaria foi adquirida antes por uma companhia belga por 42 milhões de dólares.
Em meio às pressões, o diretor financeiro da Petrobras, Nestor Cerveró, acabou exonerado do cargo na última sexta-feira. O senador tucano Aécio Neves vai tentar recolher assinaturas para abrir uma CPI e critica a demissão.
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Em apoio a Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou nota, nesse domingo, defendendo a CPI. O senador do PT, Delcídio Amaral, alegou que a compra da refinaria de Passadena, no Texas, já está sendo investigada.
Amaral, que já ocupou cargos na Petrobras, é apontado como responsável por indicar Nestor Cerveró para diretoria da empresa. Falando a José Maria Trindade, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho, defendeu a investigação, mas considera a CPI desnecessária.
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho, reconheceu que existe a necessidade de apurar se ocorreu erro administrativo. O pré-candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos, acusou o governo de estar querendo vender a Petrobras.
Apesar da pressão dos oposicionistas, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli já avisou que não vai comparecer a comissão no Congresso. Um ano depois da compra em Passadena, Dilma Roussef autorizou que uma refinaria no Japão fosse adquirida pela empresa brasileira nos mesmos moldes.
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