Orçamento para a saúde no Brasil é próximo ao de governos africanos, diz OMS
A informação, que faz parte do relatório anual da OMS sobre as estatísticas da saúde global, foi publicada às vésperas do início da Assembleia Mundial da Saúde, que começa na próxima segunda-feira, dia 21.
De acordo com a OMS, apenas cinco países no continente americano têm um porcentual de gastos governamentais inferiores aos do Brasil, entre eles Barbados, Haiti e Venezuela.
No outro extremo estão Alemanha, Suíça, EUA e Uruguai, todos com gastos três vezes superiores aos do Brasil em termos porcentuais Na Europa, apenas quatro países gastam menos de 7,7% de seu orçamento com a saúde: Chipre, Armênia, Tajiquistão e Azerbaijão
Os níveis registrados pela OMS se referem aos cálculos com base no orçamento de 2015, o último ano em que se poderia fazer uma comparação global. O resultado apontou que, em média, governos gastam 9,9% de seus orçamentos com a saúde. Na Europa, a taxa chega a 12,5%, 12% nas Américas e 8,5% no Sudeste Asiático.
O índice mais próximo da realidade vivida pelo Brasil foi a da África, com 6,9% em média de gastos dos orçamentos.
Mesmo assim, 17 países africanos destinam um porcentual de seu orçamento acima das taxas brasileiras. Entre eles estão Madagascar (15%), Suazilândia (14,9%) e África do Sul (14,1%).
Peso
O que os números da OMS também revelam é que a saúde ainda tem um peso grande para os orçamentos das famílias brasileiras. A compilação conclui que um quarto das famílias no País destina mais de 10% do orçamento doméstico para ser atendida. Apenas quatro países no mundo contam com índices superiores ao brasileiro: Georgia, Nicarágua, Nepal e Egito.
Na média mundial, 11,7% das famílias gastavam mais de 10% com saúde. Na Europa, a taxa é de menos de 7%. Um parcela de 3,5% da população brasileira ainda é obrigada a gastar mais de 25% de seu orçamento com a saúde.
Somando gastos privados e públicos, cada brasileiro gasta, em média, US$ 780 por ano. No mundo, a média é de US$ 822,00. A OMS ainda destaca que, em países como a Dinamarca, os investimentos chegam a US$ 5,4 mil, enquanto a média europeia é de US$ 2,1 mil
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