Organizada por sindicatos, entregadores de apps fazem nova manifestação em SP
Os alvos do ato dos motoboys são as plataformas de entrega, como Uber Eats, iFood, Rappi e Loggi
Entregadores de aplicativos se reúnem na manhã desta terça-feira, 14, em frente ao sindicato da categoria na zona sul da cidade para uma nova mobilização. Desta vez, o ato foi convocado pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) e pelo sindicato dos motoboys de São Paulo (Sindimoto). É a segunda paralisação do tipo em menos de 15 dias. O alvo dos manifestantes são as plataformas de entrega, como Uber Eats, iFood, Rappi e Loggi. Eles reivindicam mudanças nas políticas de remuneração e, desta vez, pedem também o reconhecimento de vínculo trabalhista com os aplicativos.
Por volta das 10h30, cerca de 200 motoboys se reuniam em frente ao Sindimoto, na região do bairro do Brooklin, na zona sul da capital paulista. Eles devem partir de lá em marcha pela Marginal do Rio Pinheiros até o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, na Rua da Consolação. Lá, está marcada para esta terça, às 16 horas, uma primeira reunião de conciliação entre entregadores e empresas de aplicativos. Na segunda-feira, o iFood pediu o adiamento do encontro, alegando falta de tempo de preparação da argumentação dos apps.
O TRT não se pronunciou sobre o pedido. Foram convocadas para o encontro, além do iFood, as empresas Loggi, Rappi, Uber Eats e Lalamove. Também participarão o presidente da UGT, Ricardo Patah, e o presidente em exercício do Sindimoto, Gerson Silva Cunha.
Mobilização
O evento desta terça-feira é o segundo do tipo em menos de 15 dias. Desta vez, o movimento não contará com as lideranças difusas do “Breque dos Apps” — paralisação que reuniu, em 1º de julho, milhares de trabalhadores de várias partes do Brasil. A pauta do protesto, porém, assemelha-se à do anterior. Entre as reivindicações está a definição de uma tabela mínima de cobrança pelo serviço e o aumento do porcentual repassado aos motoboys pelas entregas.
A diferença é a inclusão por sindicalistas do tema reconhecimento de vínculo trabalhista, que já resultou em sentenças desfavoráveis em segunda instância aos entregadores paulistas. A busca do vínculo CLT também não é consenso entre os motoboys e ajuda a explicar por que já há uma terceira paralisação agendada para o próximo dia 25, convocada por líderes como Paulo Lima, dos Entregadores Antifacistas, e Diógenes Souza, que lidera os grupos de WhatsApp em São Paulo.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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