“Ou teremos vice ou candidatura própria a prefeito em São Paulo”, diz Lupi

  • Por Agência Estado
  • 01/02/2016 20h28
Reprodução/Agência Câmara Wilson Dias/ABr Ministro Carlos Lupi tenta se explicar

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, pressiona o PT por uma vaga na chapa de reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, o dirigente disse que a tendência da legenda é seguir com o prefeito, mas foi enfático na defesa que o PDT tenha a vice.

“Em São Paulo, a tendência maior pra gente ainda é ficar com Haddad, mas a prosseguir com esse diálogo não é uma obrigatoriedade. Ou nós temos a vice ou vamos ter candidato a prefeito”, afirmou Lupi. “Ter a vice (em alguma chapa) é essencial para o partido ganhar importância na cidade”, argumentou Lupi, deixando claro que pode se aliar a Haddad, mas que aceitaria a vaga oferecida por um dos adversários eleitorais do prefeito.

No fim do ano passado, o PDT via chances reais de integrar a chapa de reeleição do petista com Gabriel Chalita. Isolado no PMDB, avançaram as conversas para que o secretário municipal de Educação e fiel aliado do prefeito deixasse o partido de Michel Temer e se filiasse ao PDT.

A migração permitiria ser vice de Haddad enquanto Marta Suplicy concretiza o projeto de se lançar candidata pelo PMDB. Após uma conversa com Temer, no entanto, Chalita teria ponderado que continuaria na legenda e, provavelmente pediria uma licença do PMDB durante a campanha, para poder apoiar Haddad individualmente.

“Ele fez isso porque acha que ainda pode convencer o PMDB a embarcar no plano Haddad, um erro a meu ver”, disse Lupi. O presidente do PDT diz ainda acreditar que Chalita venha para seu partido. Oficialmente, a resposta que Lupi tem do PT é de que a posição de vice tem de ser discutida e acordada entre todos os partidos que compõem o arco de alianças da base do governo Haddad e que seguirão apoiando o prefeito na eleição. O PCdoB, da atual vice, Nádia Campeão, também luta pelo espaço e ameaça através de conversas de aproximação com Marta Suplicy.

Além de maior prefeitura do País e terceiro orçamento da União, a disputa na capital paulista ganha importância maior em 2016 dado o cenário de crise política e econômica que envolve o governo de Dilma Rousseff. O próprio PT definiu como sua “prioridade número um” à reeleição de Haddad.

Marta e Russomanno

Lupi diz estar mantendo contato com os pré-candidatos do PRB, Celso Russomanno, e com Marta Suplicy, no PMDB após deixar o PT – uma das principais rivais de Fernando Haddad. O presidente pedetista afirma que nenhum deles ofereceu a vice “diretamente”, mas que deram sinalizações positivas. Ele relata ter conversado com Marta na última semana e ter sentido um “clima positivo” para eventual entendimento.

Lupi diz também manter a ponte com Russomanno, que lidera as pesquisas de intenção de voto. Se as conversas de ser vice de Haddad, Marta ou Russomanno não avançarem, Lupi diz que o partido tem condições de ter um nome próprio na disputa.

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