Palocci pede autorização à Justiça para voltar a trabalhar

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2019 11h50 - Atualizado em 13/04/2019 12h59
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Hedeson Silva/EFE EFE/HEDESON SILVA Desde novembro, Palocci cumpre pena no semiaberto em seu apartamento em São Paulo

Preso em casa e condenado por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-ministro Antonio Palocci pediu autorização à Justiça para voltar a trabalhar. Ele recebeu um convite para ser “assessor de planejamento” do Instituto Universal Brasileiro (IUB), empresa que desde a década de 40 ministra cursos a distância.

De acordo com a defesa de Palocci, ele não terá salário fixo, e a remuneração vai depender dos ganhos financeiros que proporcionar à empresa.

No fim do ano passado, o ex-ministro pediu, em audiência, para voltar a trabalhar. “Não quero passear, não quero nada, mas trabalhar, assim, acho que é uma necessidade familiar. Não sei se isso conta, desculpe minha ignorância, mas eu sou autônomo, eu dependo de trabalhar e acho que no processo de cumprimento de pena o trabalho não é negativo né? Tenho certeza de que o senhor pensa assim também”, disse. Em resposta, o juiz disse que “Não, muito pelo contrário”.

Segundo o pedido encaminhado em 4 de abril, Palocci cumpriria jornada das 9h às 17h de segunda a sexta-feira em uma das sedes do IUB em São Paulo. Em janeiro, ele disse a pessoas próximas que desejava retomar as atividades de consultor.

Desde novembro, Palocci cumpre pena em seu apartamento em São Paulo. Ele foi condenado a 12 anos e 2 meses de detenção na Lava Jato e atualmente cumpre pena em regime “semiaberto diferenciado com recolhimento residencial integral”, usa tornozeleira eletrônica e só pode sair de casa com autorização judicial.

O pedido de Palocci ainda será apreciado pelo Ministério Público Federal. A Procuradoria já questionou réus da Lava Jato que fizeram cursos a distância pelo IUB para abater penas.

O Instituto Universal Brasileiro afirmou que ofereceu uma vaga a Palocci, mas que, desde o fim de março, as conversas não avançaram. Ainda segundo o instituto, não foram discutidas questões de remuneração e não houve contratação.

Recentemente, o ex-político foi condenado pela Justiça Estadual por improbidade administrativa durante o ano de 2002 em sua gestão como prefeito de Ribeirão Preto pelo PT.

*Com informações da Agência Estado

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