Para 39% dos brasileiros, Bolsonaro não fez nada de bom até agora, aponta Datafolha
Quando questionados sobre quais foram as melhores medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) desde que assumiu o mandato, quatro em cada dez brasileiros (39%) responderam ‘nenhuma’. De acordo com uma pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (22), entre as pessoas que acreditam que Bolsonaro não fez ‘nada’ de bom até o momento, 52% são adeptos de religiões de matrizes africanas, 47% são nordestinos, 46% negros e 45% mulheres ou pessoas com apenas o ensino fundamental completo.
Além desses, outros 19% disseram não saber o que Bolsonaro fez de melhor em seis meses de governo. Enquanto isso, 8% (eleitores do PSDB, homens e habitantes do Norte e do Centro-Oeste) citaram a segurança como a melhor área em que a gestão do presidente atuou, seguida pela reforma da Previdência (7), e o fim da corrupção (4%).
Outros pontos mais polêmicos, como a flexibilização da posse e porte de armas, o fim do horário de verão e a nomeação de Sergio Moro como ministro foram apontados como melhores medidas por 4%, 1% e 1%, respectivamente.
Outro lado
A pesquisa também perguntou o que o presidente fez de pior até o momento. Para 18%, Bolsonaro não fez ‘nada’ de pior até agora, número que sobe para 22% entre os evangélicos, 24% entre moradores da região Sul e 25% entre pessoas com mais de 60 anos. Nesse caso, 19% também responderam que não sabem o que ele fez de pior nesses seis meses.
A maior porcentagem, porém, tem relação com o decreto de posse e porte de armas: 21% classificaram a flexibilização como a pior atitude do presidente. Depois, vem a reforma da Previdência, com 12%, e imagem pública, com 9%.
Os cortes na educação foram citados por 3% dos entrevistados como a pior medida do governo, enquanto o desemprego apareceu 1%, assim como o racismo, homofobia e os agrotóxicos, que também marcaram 1%.
Pesquisa
A Datafolha ouviu 2.086 pessoas, com 16 anos ou mais, em 130 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais (p.p) para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%.
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