Para Carvalhosa, liberação de Lula transformaria Brasil em um estado sem autoridade

  • Por Jovem Pan
  • 08/07/2018 18h00 - Atualizado em 08/07/2018 18h22
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Roberto Navarro/ALESP/Divulgação Carvalhosa entende que a ligação do plantonista com o PT o levou a conceder o Habeas Corpus

Diante do imbróglio para soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo (8), Modesto Carvalhosa participou da cobertura especial da Jovem Pan e afirmou que se o petista for liberado, as consequências podem não ser favoráveis. Para o jurista, seria uma prova de que o Brasil não teria mais instituições confiáveis e legitimas, transformando-se em um país sem autoridade.

“Estaríamos descendo mais um degrau das instituições, que já estão ilegitimidas. Vivemos em uma sociedade em degradação, e isso entraria dentro do caos absoluto da falta de autoridade. Como podem soltar um preso condenado a 30 anos? A saída dele, se por acaso ocorrer, transformaria o Brasil em uma Somália, um país sem governo, sem judiciário, sem autoridade. Estaríamos entrando a um ponto em que ‘salve-se quem puder’”, comentou.

A respeito do embate entre desembargadores do Tribunal Federal da 4ª Região sobre a soltura do ex-presidente, Carvalhosa entende que a ligação do plantonista com o PT o levou a conceder o Habeas Corpus, algo que não poderia ter acontecido, já que teria desrespeitado a hierarquia judicial.

“Esse desembargador agiu com desvio de finalidade da sua função. Ele está tentando liberar seu correligionário sobre argumentos absolutamente ridículos, de que precisa fazer campanha pré-eleitoral. Ele julgou novamente contra a própria decisão do tribunal onde atua, criando um abuso de poder. Se o Tribunal tiver vontade, ele deveria sofrer um processo administrativo já que foi contra todo o princípio da segurança jurídica e da pacificação da sociedade”, concluiu.

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