Para delegado, MSTS foi criado para disfarçar organização criminosa

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/08/2016 15h29
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Brasília - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadem o Ministério das Comunicações (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) invadem o Ministério das Comunicações em janeiro (AGBR)

O diretor do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), delegado Ruy Ferraz Fontes, afirmou nesta sexta-feira, 5, que o Movimento Sem-Teto de São Paulo (MSTS) “foi criado para disfarçar a atuação de uma organização criminosa”. Segundo ele, integrantes da diretoria são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e nunca atuaram em questões envolvendo moradia.

“O único interesse era o tráfico de drogas e estruturar o PCC dentro dos movimentos de moradia”, afirmou o delegado.

Segundo Fontes, nenhum dos integrantes da diretoria do MSTS é sem-teto. Pelo contrário, todos têm imóveis e são donos de estabelecimentos comerciais. “A vice-presidente mora em uma casa de alto padrão no bairro da Saúde, na zona sul. O presidente reside no Jabaquara (também na zona sul) e é dono de uma casa de shows chamada Caldeirão.”

O Edifício Marrocos, na região central, segundo a polícia, era o quartel general do PCC na Cracolândia. Lá, os criminosos se reuniam para contabilizar o dinheiro do tráfico e definir o que seria feito com traficantes que deviam dinheiro para o PCC.

No prédio, os investigadores encontraram armas, como um fuzil AK 47, e carabinas escondidas no elevador, drogas, facas e muita munição. 

Considerado um dos principais integrantes do PCC na Cracolândia e também do MSTS, Wladimir Ribeiro Brito foi preso em Maceió, onde passava “férias” para comemorar o aniversário da namorada. A polícia apurou que ele desviou R$ 70 mil do PCC para a viagem.

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