Para evitar greve, ministro fará reunião com caminhoneiros sobre frete

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2019 16h14
Tânia Rêgo/Agência Brasil caminhoneiros Resolução desta quinta (18) gerou reação imediata dos líderes da categoria

Diante da insatisfação dos caminhoneiros com a nova resolução sobre a política de pisos mínimos do frete rodoviário, o Ministério da Infraestrutura fará uma reunião com a categoria na próxima semana para tentar encontrar um consenso que evite uma nova greve do transporte rodoviário.

A resolução publicada nesta quinta-feira (18) pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) gerou reação imediata dos líderes da categoria, que voltaram a falar em paralisações. A data para o encontro depende ainda da agenda do ministro Tarcísio Gomes de Freitas.

Essa resolução, que estabelece regras gerais, metodologia e coeficientes dos pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização do serviço de transporte rodoviário de cargas, foi aprovada após estudo técnico realizado pela Esalq-Log e processo de consulta pública e entra em vigor no sábado, dia 20 de julho.

Segundo a ANTT, a elaboração da resolução teve participação de transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade e foram recebidas aproximadamente 350 manifestações, que englobaram cerca de 500 contribuições específicas, analisadas individualmente pela agência.

Conversa com líder

Um dos líderes dos caminhoneiros autônomos, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, publicou na noite desta quinta um vídeo relatando uma conversa com o ministro, que, segundo ele, teria prometido adequações à resolução da ANTT. O ministério confirmou a conversa, mas não adiantou qualquer informação sobre mudanças na resolução. Segundo a assessoria da pasta, “o ministério continua aberto para dialogar com a categoria”.

Bolsonaro

Nesta sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro disse não acreditar em uma paralisação dos caminhoneiros neste momento, porque – a exemplo do que ocorreu em 2018 – isso teria um impacto muito grande na economia do País. Bolsonaro também afirmou estar pronto para continuar conversando com a categoria.

*Com Estadão Conteúdo

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