Para ex-diretor do BC, nova tributação só pode ocorrer após controle das despesas

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2016 14h57
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Brasil, São Paulo, SP, 12/03/2015. Retrato do economista Alexandre Schwartsman durante entrevista onde falou sobre o ajuste fiscal e a atual conjuntura econômica no Brasil. - Crédito:GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:185620 GABRIELA BILÓ / Estadão Conteúdo Alexandre Schwartsman

 O ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman, falou à Jovem Pan qual será o maior desafio para a economia caso Temer assuma: “Do ponto de vista de medidas, vai ser consagrado o lado fiscal. O grande desafio hoje são as contas públicas e o diagnóstico está feito”.

Os principais pontos para colocar a economia nos trilhos, segundo Schwartsman são a reforma previdenciária e o fim das vinculações orçamentárias. O economista aponta os dois motivos como fatores de engessamento da economia: “Chegamos a um ponto em que não tem o que fazer. O governo federal tem capacidade de mexer em menos de 10% do conjunto das despesas que faz. E quase tudo é despesa obrigatória por causa das vinculações. (…) Com uma sinalização forte de que por meio dessas medidas vai controlar as despesas, aí pode discutir uma contribuição adicional temporária”.

Schwartsman afirma que uma tributação extra aplicada agora, com a intenção de cortar depois, não funcionará e que país voltará para a mesma crise que vive hoje. Sobre a Petrobras, Schwartsman afirma que é necessária uma capitalização para buscar um equilíbrio da empresa: “Seria necessário que o governo arranjasse dinheiro de algum lugar para colocar lá, para manter o balanço da empresa saudável”.

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