Para Janot, caso de corrupção na Petrobras é “descomunal”
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot classificou nesta segunda-feira (29) os desvios na Petrobras, que envolvem políticos e grandes empreiteiras do país como um “descomunal caso de corrupção”.
“Quando nos deparamos com este enorme, descomunal caso de corrupção, a instituição não era a mesma de há dois anos. As mudanças estruturais realizadas nos permitiram enfrentar a questão com profissionalismo e maturidade”, disse.
Ele defendeu ainda uma maior independência investigativa do Ministério Público em relação à Polícia Federal e disse que agora cabe à instituição desenvolver suas práticas e modelo.
“Nós temos agora a resonsabilidade de criar um modelo para que possamos desenvolver com profissionalismo e objetivo nosso mister. O que foi feito até agora é uma atuação preponderante de crimes financeiros e combate à corrupção. Temos que trabalhar com maior independ~encia investigatória no que se refere à Polícia Federal”, explicou.
Janot ainda saiu em defesa de sua gestão no MP e relatou que fez alterações estruturais que permitiram ao órgão atuar com “profissionalismo e maturidade” nas investigações do esquema de corrupção da estatal. As declarações foram realizadas durante debate promovido pela Associação Nacional dos Procuradores ds República, com os quatro candidatos que pleiteiam pelo cargo atualmente exercido por Janot.
O mandato de Rodrigo Janot termina em setembro, no entanto, ele também concorre a indicação ds colegas para permanecer no comando do órgão por mais dois anos. Os procuradores votam uma lista tríplice, que é encaminhada à Presidência da República, que irá definir o ocupante do cargo.
A fim de defender sua permanência no cargo, o procurador-geral afirmou que não vende ilusões nem fórmulas mágicas e disse contar com o apoio e os votos necessários.
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