Para juíza de Brumadinho, prisão de funcionários da Vale é ‘imprescindível’ para investigação

  • Por Jovem Pan
  • 29/01/2019 12h24 - Atualizado em 29/01/2019 12h39
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WILTON JUNIOR - ESTADÃO CONTEÚDO Juiza questiona se empresa realmente não sabia do risco de rompimento iminente da barragem em Brumadinho

A juíza federal da Comarca de Brumadinho, Perla Saliba Brito, considera a prisão de funcionários da Vale envolvidos no licenciamento ação imprescindível para as investigações. “Trata-se de apuração complexa de delitos, alguns, perpetrados na clandestinidade”, disse.

Ela se refere aos cinco funcionários – três da Vale e dois terceirizados – presos na manhã desta terça-feira (29) em Minas Gerais e São Paulo. Para ela, alguns documentos indicam que os responsáveis pelo desastre podem responder por falsidade ideológica, crimes ambientais e homicídio. “Crimes [como] estes [são] punidos com penas de reclusão”, disparou.

Brito reflete ainda sobre a possibilidade de uma empresa da envergadura da Vale não saber com antecedência sobre as fragilidades da barragem em Brumadinho.

“Convém salientar que especialistas afirmam que há sensores capazes de captar, com antecedência, sinais do rompimento, através da umidade do solo, medindo de diferentes profundidades o conteúdo volumétrico de água no terreno e permitindo aos técnicos avaliar a pressão extra provocada pelo peso líquido, o que nos faz concluir que havia meios de se evitar a tragédia”, completou.

*com informações da Agência Brasil

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