Para ministro da Saúde, saída de Padilha do Governo é um caso isolado

  • Por Jovem Pan
  • 05/12/2015 10h37
Valter Campanato/Agência Brasil Ministro da Aviação Civil

O Palácio do Planalto desencadeou nesta sexta-feira (04) uma articulação como forma de evitar uma debandada de ministros do PMDB do Governo, após o anúncio de que Eliseu Padilha deixaria a pasta da Aviação Civil.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o ministro da Saúde, Marcelo Castro (PMDB-PI), afirmou que a decisão do ministro Eliseu Padilha de deixar a pasta da Secretaria de Aviação Civil é um caso isolado.

“Se você está me perguntando se foi uma hora apropriada, eu diria que a hora permitiu especulações. Mas se fosse em outra hora não teria isso. Ele está saindo por questões administrativas e pessoais e não por questões políticas”, explicou.

De acordo com a assessoria de Padilha, ele só irá se pronunciar oficialmente sobre a sua saída do Governo após conversa com a presidente Dilma Rousseff. O peemedebista, que é um dos principais aliados do vice-presidnete, Michel temer, tentou entregar uma carta de demissão ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner na noite desta quinta (03). No entanto, segundo aliados, Padilha não foi nem mesmo recebido.

No entanto, a carta de demissão já foi protocolada no Palácio do Planalto. Segundo aliados do ministro, o motivo oficial para a demissão foi uma nomeação da Agência Nacional de Aviação Civil. Após a abertura do processo de impeachment, Padilha é o primeiro aliado de Michel Temer a deixar o Governo.

Relator da reforma política, o agora ministro Marcelo Castro, também falou sobre o impedimento da presidente Dilma e disse que as pessoas vêm confundindo o presidencialismo com o parlamentarismo.

“No sistema presidencialista, o presidente é eleito pelo povo, que lhe dá um mandato. O mandato da presidente Dilma vai até dia 31 de dezembro de 2018. Para haver um impedimento de um presidente é preciso que seja constatado um crime para ser iniciado um processo. No caso da presidente, ela não cometeu crime nenhum. Ela não roubou, não matou, não tem conta no exterior. É um processo que não tem fundamento jurídico, só político”, disse.

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