Para obter apoio, Planalto adia corte de 3 mil cargos comissionados

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2015 15h28
Vista geral do Eixo Monumental, em Brasília (DF). (Brasília, DF, 24.06.2014. Foto: Caetano Barreira/Fotoarena/Folhapress) Folhapress Eixo Monumental; Paisagem urbana; Praça das Fontes; Esplanada dos Ministérios; Congresso Nacional

O Palácio do Planalto adiou o corte de três mil cargos comissionados anunciado por Dilma Rousseff.

A decisão fazia parte da reforma administrativa e demonstrava que o Governo federal também cortava na própria carne e se sacrificava diante dos problemas.

A intenção é esperar a passagem do momento de turbulência para viabilizar a dispensa de pessoal. O temor do Planalto é de que o processo possa abrir um novo segmento de insatisfação da base aliada no Congresso.

O cenário continua sendo o pior possível em um momento em que o Governo procura adesão para afastar a possibilidade de impeachment. A decisão não estipulou um prazo limite para a extinção dos cargos tecnicamente chamados de Direção e Assessoramento Superior.

Atualmente, o Palácio do Planalto discute com os partidos as nomeações de segundo e terceiro escalões, após a reforma ministerial que extinguiu algumas pastas e ampliou a presença do PMDB na Esplanada dos Ministérios.

A liberação destes cargos seria uma exigência dos partidos como forma de garantir o apoio da base governista à presidente, que é ameaçada constantemente pela possível abertura de um processo de impeachment.

No anúncio inicial, o Governo pretendia economizar R$ 200 milhões com o corte dos cargos comissionados. Dos 22,6 mil cargos, três mil seriam extintos com o corte dos ministérios e de 30 secretarias.

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