Para TSE, Congresso deve apressar debate sobre reforma política para que país supere a crise
Tribunal Superior Eleitoral avaliou que o Congresso deve apressar o debate sobre a reforma política para o Brasil superar a crise. O parlamento vem demonstrando divergências em relação aos principais pontos que tramitam nas duas casas. A Câmara, por exemplo, rejeitou quase todas as alterações dos senadores, restaurando a doação de empresas aos partidos e tirando restrição a pesquisas.
O presidente do TSE, José Antônio Dias Toffoli, afirmou que não existe Governo que nunca enfrentou crise e cobrou a redução do número de legendas. “O voto do eleitor vira dinheiro? Por que? O voto do eleitor vira acesso à rádio e TV e vira fundo partidário. Se continuar esse sistema não serão 32 partidos, que já existem, nem mais os seis que estão na fila para serem criados”, disse.
José Antônio Dias Toffoli, do Tribunal Superior Eleitoral, considerou urgente discutir mudanças no financiamento de campanha para acabar com o caixa dois.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, considerou o tema espinhoso e acrescentou que os parlamentares precisam assumir o próprio papel. “Uma das formas que temos de não legislarmos é não aprovarmos. Quando a gente não aprova significa que estamos validando a legislação existente”, explicou. O deputado Eduardo Cunha ressaltou ainda que o custo das campanhas vai cair com a redução do tempo no rádio e na TV.
Para o presidente do Senado, Renan Calheiros, os partidos precisam ser fortalecidos no Brasil. “Nós temos defendido que a reforma política passe pelo fortalecimento dos partidos e pela criação de limites e critérios para o financiamento de campanhas eleitorais com absoluta transparência”, disse.
Renan Calheiros destacou que a reforma política representará um maior controle da coisa pública no Brasil. Os deputados vão continuar votando os destaques que podem provocar mais mudanças em relação ao que já foi aprovado pelos senadores.
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