Partidos buscam força para 2018 em coligações apressadas
Pressão pela reforma política no Brasil induz fusões entre PTB e DEM e entre PPS e PSB ainda este ano. A possibilidade do fim das coligações nas eleições de 2018 leva as siglas a buscarem força para garantir suas cadeiras no Congresso. O movimento entre os partidos políticos também visa à consolidação de uma nova oposição nos próximos anos.
Falando a Marcelo Mattos, o doutor em Ciência Política, Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília, analisa que o objetivo é tomar o espaço da oposição. “Ao fazer essas fusões eles já estão antecipando esse cenário e tendo mais força eles teriam facilidade maior para eleger parlamentares nas próximas eleições”, aponta.
Na Câmara, o PTB e DEM juntos teriam 46 cadeiras e a união do PPS com o PSB somariam 44; no Senado, seriam 8 lugares e 7 assentos, respectivamente.
O analista do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, Antonio Augusto de Queiroz, lembra que as fusões são trabalhosas. “A aliança PSB e PPS tem menos problemas em relação à política de aliança do que a aliança DEM-PTB, que passa por uma posição de um partido do governo, que é o PTB. Tem também o fato que o PTB, embora tenha uma bancada numericamente superior ao DEM, uma vez havendo essa fusão, o DEM se apropria do PTB”, pondera.
As fusões estão bem encaminhadas nas conversas com os presidentes dos partidos, mas há resistência entre os deputados e senadores.
Não está descartada batalha jurídica entre parlamentares, que ameaçam sair das atuais siglas e levar tempo de propaganda a outras legendas.
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