‘Pátria amada, Brasil’ é novo lema do governo, anuncia Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2019 20h35 - Atualizado em 04/01/2019 20h36
Reprodução Novo governo adotou tom ufanista no slogan

O presidente Jair Bolsonaro anunciou na noite desta sexta-feira (4) o lema que marcará seu governo: “Pátria amada, Brasil”. A frase foi emprestada dos últimos versos das duas partes do Hino Nacional, cuja letra foi escrita por Joaquim Osório Duque-Estrada.

“Em 2018, não fomos às urnas apenas para escolher um novo presidente”, diz o vídeo de divulgação. “Fomos às urnas para escolher um novo Brasil, sem corrupção,  sem impunidade, sem doutrinação nas escolas e sem a erotização de nossas crianças.”

Antes de exibir o som de uma criança cantando a frase que será marca da gestão, o trabalho da Secretaria Especial de Comunicação (Secom) da Presidência da República conclui, com a exibição da bandeira nacional: “Fomos às urnas para resgatar o Brasil”.

Em rede social, Bolsonaro elogiou o “competente” trabalho da equipe. “A parte mais importante é que a divulgação está sendo lançada na internet com custo zero, economizando mais de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos”, escreveu, no Twitter.

Lemas dos presidentes brasileiros

O chamado “slogan” do governo é uma indicação da prioridade do mandato presidencial e foi utilizada pela primeira ver na gestão de Afonso Pena, no início do século passado. “Governar é povoar” apoiava a imigração e a migração para o interior do país.

O lema de Jair Bolsonaro indica o nacionalismo e o patriotismo e é o segundo na história a utilizar um símbolo nacional – Michel Temer utilizou a frase estampada na faixa que corta a bandeira do País, “ordem e progresso”.

O tom ufanista do novo slogan do governo federal já havia sido adotado no governo de Emílio Garrastazu Médici, durante a ditadura militar (Brasil: ame-o ou deixe-o). O termo “pátria” foi utilizado apenas uma outra vez, por Dilma Rousseff (Brasil, pátria educadora).

  • Afonso Pena (1906-1909): Governar é povoar;
  • Nilo Peçanha (1909-1910): Paz e amor;
  • Hermes da Fonseca (1910-1914): Governo das salvações iniciais;
  • Venceslau Brás (1914-1918) Governo da pacificação dos espíritos;
  • Washington Luís (1920-1930) Governar é abrir estradas;
  • Getúlio Vargas (1951-1954): O petróleo é nosso;
  • Juscelino Kubitschek (1956-1961) 50 anos em 5;
  • Emílio Garrastazu Médici (1969-1974): Brasil: ame-o ou deixe-o;
  • Ernesto Geisel (1974-1979): Continuidade sem imobilidade;
  • João Figueiredo (1979-1985): Plante que o João garante;
  • José Sarney (1985-1990): Tudo pelo social;
  • Fernando Collor de Mello (1990-1992): Brasil novo;
  • Itamar Franco (1993-1994): Brasil, união de todos;
  • Fernando Henrique Cardoso (1995-2002): Trabalhando em todo o Brasil;
  • Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010): Brasil, um país de todos;
  • Dilma Rousseff (2011-2014): Brasil, país rico é país sem pobreza;
  • Dilma Rousseff (2015-2016): Brasil, pátria educadora;
  • Michel Temer (2016-2018): Ordem e progresso;
  • Jair Bolsonaro (2018-2021): Pátria amada, Brasil.

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