Pauderney prefere abordar Previdência depois e fala em tirar “sombra” de Cunha
O Palácio do Planalto decidiu manter o envio da proposta de Reforma da Previdência ao Congresso ainda neste mês, durante o período das eleições municipais. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o deputado Pauderney Avelino (DEM), líder do partido na Câmara, afirmou que o ideal seria que a proposta seguisse apenas após as eleições.
“Eu entendo que não haveria necessidade de se apresentar uma reforma neste momento. Mesmo porque o governo precisa dizer o que quer da reforma previdenciária e também nós precisamos fazer uma construção dentro do Congresso Nacional para tomar essa medida. (…) O momento que nós estamos vivendo agora é o de campanha eleitoral”, disse o deputado, que prefere que o encaminhamento da reforma previdenciária ocorra após as eleições municipais.
Segundo Pauderney, apesar de preferir o adiamento, é do entendimento de todos a necessidade do projeto, que prevê idade mínima de 65 anos para a aposentadoria, tanto para homens como para as mulheres.
“Nós entendemos da necessidade de se fazer uma reforma previdenciária. Porque os cálculos apontam para um provável rombo que vai impedir que os futuros aposentados e pensionistas continuem recebendo os seus proventos. E nós entendemos que os investidores também querem que o presidente Michel Temer continue dando sinais de que vai fazer esta reforma e outras que são necessárias para o nosso país”, afirmou.
Para o deputado, o PT teve 13 anos e meio no poder para poder fazer reformas estruturantes ao nosso país e acabaram não fazendo. “Não aproveitaram (o PT) o tempo que eles estiveram no governo, surfando em popularidade alta, e, infelizmente, usaram e abusaram do oportunismo”, disse.
Pauderney afirmou ainda que irá votar a favor da cassação do ex-deputado Eduardo Cunha, em sessão que será realizada na próxima segunda-feira (12), em um momento em que a Câmara vai “virar mais essa página” na política brasileira.
“Vamos também virar essa página porque é necessário que nós, na Câmara dos Deputados, passemos a viver a normalidade política. Com essa “sombra” do ex-presidente Eduardo Cunha ainda pairando, as coisas não ficam normais. Portanto, acredito que para o bem da Instituição, e também do país, nós deveremos resolver essa situação na próxima segunda-feira”, explicou o deputado.
Confira no áudio acima a entrevista completa de Patrick Santos com o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Pauderney Avelino.
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