Paulo Guedes confirma que não haverá concursos públicos nos próximos anos

  • Por Jovem Pan
  • 04/06/2019 19h56
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Minsitro da Economia, Paulo Guedes, fala durante audiência "Houve excesso de contratações. Os salários subiram ferozmente", disse o ministro

O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta terça-feira (4) que o governo optou por não promover concursos públicos nos próximos anos. A declaração foi feita durante a tarde em audiência pública na Comissão de Finanças de Tributação (CFT) da Câmara.

“Nos últimos anos, houve excesso de contratações. Os salários subiram ferozmente”, disse. “Nas nossas contas, 40% dos funcionários públicos devem se aposentar nos próximos cinco anos. Não precisa demitir. Basta desacelerar as entradas que esse excesso vai embora naturalmente. Vamos ficar sem contratar por um tempo e vamos informatizar”, completou.

O ministro destacou ainda algumas medidas tomadas recentemente para desburocratizar os serviços públicos, como a simplificação da abertura de empresas. Guedes acrescentou que a metodologia será estendida a outros serviços, mas não deu mais detalhes.

O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 não prevê a realização de concursos públicos. Neste mês, entrou em vigor a nova regra para os pedidos de concursos, que passarão a ter a análise centralizada no Ministério da Economia. A pasta pretende conceder autorizações apenas em casos excepcionais.

Salário mínimo

O ministro também afirmou na reunião que não garante reajuste real do salário mínimo para 2020. Segundo ele, ainda não há decisão sobre a nova fórmula de correção do piso salarial.

“Se houver um ambiente de crescimento, vamos compartilhar isso no salário mínimo. Mas hoje, falando sinceramente, só garanto a preservação do valor do salário mínimo (ante inflação). Com esse crescimento anêmico de 0,5%, também não fará muita diferença.”

Em resposta a perguntas dos parlamentares, voltou a defender o teto de gastos. “A ausência do teto levou gasto público a 45% do PIB. É a existência do teto que nos leva a cortar o que não é importante. Chegamos no limite”, respondeu.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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