Paulo Roberto Costa pede direito de ficar calado em CPI da Petrobras
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa evocou o direito de ficar calado e não respondeu às perguntas dos parlamentares na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista. O acusado entrou na sala da comissão às 14h58, acompanhado de uma advogada e disse logo que não falaria.
“Boa tarde a todos; vou me reservar ao direito de ficar calado”, afirmou. Diante da posição do ex-diretor, o presidente da CPI Mista, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) ainda perguntou se ele aceitaria uma sessão secreta, o que foi negado.
Neste momento, o relator Marco Maia (PT-RS) apresentou suas indagações, mesmo sabendo que não haveria respostas.
Vazamento
Trechos de depoimentos de Paulo Roberto Costa à Polícia Federal vazaram em reportagem da Revista Veja, nos quais o ex-diretor da petrolífera citava diversos políticos, sendo três governadores, 25 deputados, um ministro e um ex-ministro (Saiba mais aqui).
Costa assinou acordo de delação premiada com a polícia. Os depoimentos preveem anonimato e redução de pena do depoente, desde que ele colabore com as investigações ainda em curso.
Regras
Senadores e deputados ficaram por quase 30 minutos discutindo os procedimentos a serem adotados para a oitiva. A maioria dos parlamentares quis uma sessão aberta, a fim de que todos tivessem o direito de perguntar, mesmo sabendo que o acusado pode ficar em silêncio.
O senador Humberto Costa (PT-PE) chegou a lembrar que “não existe sessão secreta no Congresso Nacional”, e lembrou de vazamentos que ocorreram anteriormente na CPI do Cachoeira.
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