PEC do Teto já está funcionando muito bem, diz Meirelles à Voz do Brasil

  • Por Estadão Conteúdo
  • 31/10/2016 21h39
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WAS10. WASHINGTON DC (EE.UU), 07/10/2016.- El Ministro de Hacienda de Brasil, Henrique Meirelles, habla hoy, viernes 7 de octubre de 2016, en una rueda de prensa en el Ronald Reagan Trade Center en Washington (EE.UU.), en el marco de las reuniones anuales del Fondo Monetario Internacional y el Banco Mundial. El Ministro Meirelles dijo que la economía de su país esta registrando un impulso de confianza con las reformas anunciadas en el congreso con el fin de dejar atrás la aguda recesión. EFE/LENIN NOLLY. EFE/LENIN NOLLY Henrique Meirelles - EFE

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira, 31, que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 que cria um teto para o crescimento das despesas públicas “já está funcionando bem”. Ele voltou a prometer que os investimentos em saúde e educação serão preservados e negou que haja necessidade de aumento de impostos nos próximos anos. 

“Imaginem uma família que comece a gastar muito mais do que ganha e que comece a tomar empréstimos cada vez maiores para pagar suas despesas. Foi isso que o governo (passado) fez. E no momento que a dívida começou a aumentar, o governo passou a pagar não só juros como despesas cada vez maiores”, afirmou, em entrevista ao programa A Voz do Brasil. 

O argumento do ministro é que, com o governo anterior tomando cada vez mais recursos da sociedade para arcar com o endividamento, sobraram menos recursos para o consumo e para o investimento.

“Além disso, começou a se criar uma desconfiança sobre a capacidade do governo de sustentar o ritmo de despesas no ritmo que acontecia. Isso diminuiu a criação de emprego e as empresas diminuíram sua atividade. E, como o medo do desemprego aumentou, as pessoas passaram a consumir menos”, completou. 

Meirelles destacou que a PEC do Teto vem então para limitar o crescimento dos gastos públicos da mesma maneira que uma família faz quando a despesa cresce mais que os seus rendimentos. “Se busca o equilíbrio. É essa a proposta que já está funcionando muito bem”, avaliou. 

Cortes

Questionado pelos apresentadores, Meirelles mais uma vez negou o corte de recursos para a saúde e para a educação. “O que se estabelece agora é um gasto mínimo com saúde e educação e não um máximo. O Executivo e o Congresso podem inclusive aprovar mais recursos para essas áreas. Os investimentos nessas áreas, fundamentais para a sociedade, estão preservados”, garantiu. 

Durante a entrevista ao programa de rádio produzido pela estatal EBC, o ministro disse que o Brasil precisa reformar o governo e a economia para voltar a crescer e gerar emprego e renda, além de reduzir a inflação. “É isso que se espera das medidas e das reformas que estão sendo feitas”, comentou. 

Para Meirelles, a confiança na economia já está aumentando e existem diversas indicações de que o País voltará a crescer em 2017. “O aumento do emprego é uma consequência inevitável. É um movimento crescente e a população sentirá os seus efeitos”, projetou.

Por fim, o ministro disse que o governo não está prevendo o aumento de impostos porque está limitando o crescimento das despesas. “Mais impostos seriam necessários se as despesas continuassem a crescer de forma descontrolada. Quando o governo corta na própria carne, elimina a necessidade de aumentar tributos”, concluiu.

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