Pedidos de prisão aumentam pressão por novas eleições, diz Marina Silva

  • Por Jovem Pan
  • 07/06/2016 15h46
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão solene em homenagem ao Dia do Índio, comemorado em 19 de Abril. Desde terça-feira (14), quando deram início ao Acampamento Terra Livre, as lideranças indígenas cumprem agenda no Parlamento onde apresentam suas reivindicações. ex-senadora e ambientalista, Marina Silva. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado Geraldo Magela/Agência Senado Marina Silva

Pedidos de prisão contra caciques do PMDB aumentam pressão por eleições antecipadas, acredita Marina Silva. A líder da Rede Sustentabilidade deu a declaração no lançamento do pré-candidato do partido à prefeitura de Guarulhos no começo da tarde desta terça-feira (07).

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF pedidos de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do senador Romero Jucá, e do ex-presidente da República José Sarney.

Contra todos os citados pesam acusações de interferências na Operação Lava Jato, que vieram à tona depois das conversas gravadas com o ex- presidente da Transpetro Sérgio Machado.

A líder da Rede Sustentabilidade defendeu que o TSE julgue a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer por uso de dinheiro desviado da Petrobras para financiamento de campanha.

Marina Silva afirmou que toda a linha sucessória da presidência da República está comprometida e que novas eleições são necessárias. “Diante de tudo que aconteceu hoje, o TSE tem em suas mãos a possibilidade de dar ao Brasil uma nova perspectiva. Nós estamos em um poço sem fundo na política brasileira. É preciso que se coloque um caminho. Hoje a linha sucessória no Brasil está inteiramente comprometida”, destacou.

Marina Silva também se manifestou sobre a abrangência da Operação Lava Jato. Para a líder da Rede Sustentabilidade, a investigação acaba se transformando numa reforma política de fato.

“Estou insistindo de que a grande contribuição que a Lava Jato vai dar para a socxeidade brasileira é de estar fazendo uma espécie de reforma política na prática. Já que ela não sai pelos processos políticos que deveria ter saído. E qual é a natureza dessa reforma política? É acabar com a expectativa da impunidade daqueles que usam a política para fazer negócios espúrios”, disse.

Apesar de defender novas eleições, Marina Silva não quis responder se seria candidata à presidência da república pela Rede Sustentabilidade, seja numa eleição antecipada ou em 2018.

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